Cinema e processos de criação: apontamentos acerca do percurso transcriativo de Eles não usam black-tie

Authors

  • Laila Rotter Schmidt Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i20p184-217

Abstract

Partindo de particularidades que podem ser observadas nos estudos de processos de criação no cinema, este artigo apresenta alguns dos desafios e possibilidades encontradas na aproximação ao percurso criativo do filme Eles não usam black-tie (1981) de Leon Hirszman, baseado na peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri (1955), utilizando o referencial teórico fornecido pela Crítica Genética e os documentos de processo deixados pelo artista, em especial, argumentos (sonoros e escritos) e diferentes versões de roteiro cinematográfico. As discussões aqui propostas fazem parte de uma pesquisa de mestrado em desenvolvimento e tem como principal objetivo fornecer pistas e exemplos de como os estudos sobre processos de criação no cinema podem desenvolver-se.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BIASI, P. “O horizonte genético”. In: ZULAR, R. (Org.). Criação em processo: ensaios de crítica genética. São Paulo: Iluminuras, 2002.

BOZICANIN, J. E. O processo transcriativo de São Bernardo de Leon Hirszman. São Carlos, 2010. Dissertação (Mestrado em Imagem e Som). Universidade Federal de São Carlos.

CAMPOS, H. Da transcriação: poética e semiótica da operação tradutora. In: OLIVEIRA, A. C.; SANTAELLA, L. Semiótica da Literatura. São Paulo: Educ, 1987.

CHIJONA, G. La respuesta es si. Cine Cubano (Havana), n. 102, 1982, p. 154-160.

ELES NÃO USAM BLACK-TIE (1981) de Leon Hirszman. Caixa de DVD, Leon Hirszman 1-2, Rio de Janeiro: VideoFilmes, 2007, Disco 1.

GUARNIERI, G. Eles não usam black-tie. 19. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

HIRSZMAN, L. ABC da Greve: documentário inédito. São Paulo: Cinemateca Brasileira, 1991.

HIRSZMAN, L. É bom falar. Montagem de entrevistas de LORENÇATO, A. e CALIL, C. A. Rio de Janeiro: Centro Cultural do Banco do Brasil, 1995.

JAKOBSON, R. Aspectos Linguísticos da Tradução. In: Linguística e comunicação. Trad. Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1977.

JOHNSON, R.; STAM, R. Recovering popular emotion: an interview with Leon Hirszman. Cineaste (Nova Iorque), v. 13, n. 2, 1984, p. 20-23; 58.

MONZANI, J. M. A. S. Deus e o diabo na terra do sol: uma arqueologia das imagens. São Paulo, 1998. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

MONZANI, J. M. A. S. Gênese de Deus e o diabo na terra do sol. São Paulo: FAPESP; Annablume, com a chancela do CEB da UFBA e da Fundação Gregório de Mattos Guerra, 2006.

MONZANI, J. M. A. S. Uma visada sobre Deus e o Diabo na terra do sol: O processo de criação do jovem Glauber. In: BORGES, G. (Org.). Nas margens: Ensaios sobre teatro, cinema e meios digitais. Lisboa, 2010, p. 129-144.

SALLES, C. A. Arquivos de criação: arte e curadoria. Vinhedo: Editora Horizonte, 2010.

SALLES, C. A. Crítica genética: fundamentos dos estudos genéticos sobre o processo de criação artística. 3. ed. rev. São Paulo: Educ, 2008.

SALLES, C. A. Redes da criação. Vinhedo: Editora Horizonte, 2006.

SALLES, C. A. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: FAPESP; Annablume, 1998.

Published

2011-03-18

How to Cite

Schmidt, L. R. (2011). Cinema e processos de criação: apontamentos acerca do percurso transcriativo de Eles não usam black-tie. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 20, 184-217. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i20p184-217