O gênero epistolar: gênese das obras, gênese de si

Autores/as

  • José-Luiz Diaz Université Paris – Diderot
  • Ligia Fonseca Ferreira Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i50p222-228

Palabras clave:

Epistolografia, Correspondência, Literatura Francesa

Resumen

Este artigo recorre ao gênero epistolar para indicar a possibilidade de uma compreensão mais ampla dos processos criativos em literatura no século XIX. Busca-se aqui a sistematização dos modos de se entrever, na correspondência, os estágios iniciais da redação, os planos de obras e os dilemas dos autores ao longo do tempo. Destacam-se os “titubeios”, os horizontes estéticos ainda em formação, os desejos e as ambições individuais; tais diálogos, abrigados nas correspondências de escritor (Stendhal, Balzac, Sand, Musset, Flaubert, Zola, Mallarmé, Rimbaud etc.), emergem como elemento incontornável à compreensão dos processos de redação e, consequentemente, do espaço polifônico em que suas obras se produzem. Destaca-se ainda, aqui, a evolução do gênero epistolar, sublinhando sua capacidade de constituir o “laboratório de escrita” que se abre para leitura.

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Biografía del autor/a

  • José-Luiz Diaz, Université Paris – Diderot

    José-Luis Diaz é professor emérito de literatura francesa do século XIX na Université Paris – Diderot, especialista em crítica genética e ciências dos textos e documentos. Vice-presidente da Société des études romantiques et dix-neuviémistes (SERD), dirige a publicação Magasin du xixe siècle. É também vice-presidente da Association Interdisciplinaire de Recherche sur l’Épistolaire (AIRE), onde organizou diversos colóquios e números da Revue de l’AIRE. Dentre seus trabalhos, destacam-se a organização do número especial da revista Romantisme – “J’ai toujours aimé les correspondances / Sempre amei as correspondências” (1994-5); os livros L'homme et l’oeuvre. Contribution à une histoire de la critique (PUF, 2011) e L'écrivain imaginaire. Scénographies auctoriales à l’époque romantique (Honoré Champion, 2007) ;  a edição de George Sand, Romans I, II (Bibliothèque de la Pléiade, 2019) ; e  a organização, com Mathilde Labbé, de Les XIXes siècles de Roland Barthes (Impressions nouvelles, 2019).

  • Ligia Fonseca Ferreira, Universidade Federal de São Paulo

    Professora associada do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo, com doutorado pela Universidade de Paris 3 – Sorbonne, e pós-doutorado pelo Instituto de Estudos Brasileiros da USP.

Referencias

DIAZ, José-Luis. Qual genética para as correspondências?. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética (15), 2007. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/manuscritica/article/view/177609

GOTHOT-MERSCH, Claudine. Sur le renouvellement des études des correspondances littéraires : l’exemple de Flaubert. Romantisme, n° 72, 1991-2, p. 5.

KAUFMANN, Vincent. L’équivoque épistolaire. Paris: Éditions de Minuit, 1990.

LEJEUNE, Philippe. Les brouillons de soi [Os rascunhos de si]. Paris: Éditions du Seuil, 1998.

Publicado

2023-11-13

Cómo citar

Diaz, J.-L. (2023). O gênero epistolar: gênese das obras, gênese de si (L. F. . Ferreira , Trans.). Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 50, 222-228. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i50p222-228