“O Aviador e a Florista”: intersecções entre o crítico de poesia e o professor Mário de Andrade

Résumé

Entre 1939 e 1940, Mário de Andrade assume o rodapé “Vida Literária” do jornal carioca Diário de Notícias. A partir da leitura dessa coluna, pode-se perceber alguns critérios que perpassam vários de seus textos, permitindo flagrar não só a atitude de julgamento da produção literária contemporânea, mas também a preocupação em estabelecer uma visão para o papel do artista. Assim, o fio condutor dos artigos parece ser a tentativa de identificar a realização daquilo que considera o essencial da obra literária, ou seja, a técnica. Esta preocupação será comparada, neste artigo, com a atividade de catedrático, que Mário de Andrade também assume nesse período, do “Curso de Filosofia e História da Arte”, na Universidade do Distrito Federal.