Religião popular no Egito Greco-Romano: o culto de Serápis
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2177-4218.v12i1p81-110Palavras-chave:
Egito Greco-Romano, Emaranhamento cultural, Religião popular, Serápis, TerracotaResumo
Serápis foi um deus criado por Ptolomeu I Sóter, primeiro faraó da dinastia lágida (305-30 a.C.) como deus guardião dos novos soberanos e da cidade de Alexandria. A representação iconográfica de Serápis seguia os moldes das divindades gregas. Mas também é resultado de um elemento propriamente egípcio no nome. Com base na cultura material feita de terracota, proveniente do Egito greco-romano e representando Serápis, pretendemos analisar as práticas religiosas e a religião popular associadas ao deus. Partimos da hipótese de que Serápis é resultado do contato e emaranhamento da religião egípcia e grega, fruto de um ambiente marcado pela miscigenação e por um estreito contato cultural.
Downloads
Referências
Fontes
British museum. (2020, 16 de agosto). Collection online. London. Recuperado de: <https://www.britishmuseum.org/collection>.
Dunand, F. (1990). Catalogue des terres cuites gréco-romaines d’Égypte. Musée du Louvre. Paris: Réunion des musées nationaux.
Dunand, F. (1979). Religion populaire en Égypte romaine. Les terres cuites isiaques du Musée du Caire. Leiden: E. J. Brill.
Plutarque. (1988). Oeuvres morales. Tome V. 2ª partie. Isis et Osiris. Trad. Christian Froidefond. Paris: Les Belles Lettres.
Plutarque. (1995). Obras morales y de costumbres (Moralia). VI. Isis y Osiris. Diálogos Píticos. Trad. Francisca Pordomingo Pardo e José Antonio Fernández Delgado. Madrid: Gredos. (Biblioteca Clásica Gredos).
Obras
Alston, R. (1995). Soldier and society in Roman Egypt. A Social History. London/New York: Routledge.
Alston. (2002). The city in roman and byzantine Egypt. London and New York: Routledge.
Bastos, M. T. (2016). Análise e distribuição espacial de lucernas romanas de disco: o caso das províncias da Palestina e do norte da África. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Bowman, A. K. (1989). Egypt after the Pharaohs 332 B.C.-A. 642: from Alexander to the Arab Conquest. Los Angeles: University of California Press.
Brancaglion, A. (2003). Manual de arte e arqueologia do Egito Antigo. Rio de Janeiro, RJ: Sociedade dos Amigos do Museu Nacional.
Brancaglion, A. (2004). Manual de arte e arqueologia do Egito Antigo II. Rio de Janeiro, RJ: Sociedade dos Amigos do Museu Nacional.
Burkert, W. (1993). Religião grega na época Clássica e Arcaica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Capponi, L. (2011). Roman Egypt. London: Bristol Classical Press, 2011.
Castro, E. J., Jr. (2019). Espaço funerário em Alexandria: tumba principal de Kom el-Shoqafa, séculos I e II d.C. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil.
Cunha, L. T. P. (2016). O sagrado na Roma imperial do séc. II d.C.: construção especial e ritualística do culto isíaco na obra O Asno de Ouro (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil.
Donadoni, S. (Dir.). (1990). O homem egípcio. Lisboa: Editorial Presença.
Duarte, C.A. (2010). Estudo sobre a iconografia de Ápis durante o período faraônico. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Dunand, F. & Zivie-Coche, Ch. (1991). Dieux et hommes en Égypte – 3000 av. J.-C.-395 apr. J.-C.. Paris: Armand Colin.
Frankfurter, D. (1998). Religion in roman Egypt. Assimilation and Resistance. Princeton: Princeton University Press.
Gama-Rolland, C. A. O contato com os deuses: as práticas mágico-religiosas no Egito Antigo. (2017) In C. K. B. Dias, S. C. Silva, & C. E. C. Campos (Org.), Experiências religiosas no mundo antigo (pp. 49-65). Curitiba, PR: Prismas.
Leão, D. F. (2012). A globalização no Mundo Antigo: do polites ao kosmopolites. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Manning, J. G. (2019). The ptolemaic governmental branches and role of temples and elite groups. In K. Vandorpe (Ed.), A companion to greco-roman Egypt and Late Antique Egypt (pp. 103-118). Hoboken, NJ : John Wiley & Sons, Inc.
Moyer, I. S. (2011). Egypt and the limits of hellenism. New York: Cambridge University Press.
Naether, F. (2019). New deities new habits. In K. Vandorpe (Ed.), A companion to greco-roman Egypt and Late Antique Egypt (pp. 439-448). Hoboken, NJ : John Wiley & Sons, Inc.
Neiva, C. O. (2017). O Poder legitimador de Serápis em disputa na época Antonina (96-192): um estudo comparado entre a iconografia monetária alexandrina e os Acta Alexandrinorum (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Sales, J. C. (2007). O culto de Serápis e a coexistência heleno-egípcia na Alexandria ptolomaica. Revista lusófona de ciências das religiões. (12), 309-322.
Sandri, S. Terracottas. (2012). In C. Riggs (Ed.), The Oxford handbook of roman Egypt (pp. 630-647). Oxford: Oxford University Press.
Shafer, B. E. (Org.). (2002). As religiões no Egito Antigo. Deuses, mitos e rituais domésticos. Trans. Luís S. Krausz. São Paulo, SP: Nova Alexandria.
Stockhammer, Ph. (Ed.). (2012). Conceptualizing Cultural Hybridization: a transdisciplinary approach. Heldelberg: Springer.
Vasques, M. S. (2000). A religião isíaca no Egito greco-romano: as estatuetas de terracota (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Vasques. (2005). Crenças funerárias e identidade cultural no Egito romano: máscaras de múmia. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Danillo Melo da Fonseca
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os conteúdos expressos nos textos publicados pela Mare Nostrum são de exclusiva responsabilidade de seus respectivos autores.
A reprodução dos textos editados pela Mare Nostrum é permitida sob licença Creative Commons, Atribuição-NãoComercial (CC BY-NC).
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).