Partilha do sensível e estética decolonial em jogos brasileiros dos anos 1990

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v19i1p173-197

Palavras-chave:

Estética, Decolonial, Partilha do Sensível, Master System, TecToy

Resumo

Este artigo tem por objetivo correlacionar jogos brasileiros desenvolvidos e lançados na década de 1990 para a plataforma de games Master System com os conceitos de estética decolonial, conforme apresentado pelo semiólogo argentino Walter Mignolo, e partilha do sensível, introduzido pelo filósofo francês Jacques Rancière. O artigo parte da revisão teórica dos conceitos de estética decolonial e partilha do sensível para, em seguida, apresentar e comentar os jogos selecionados para o corpus do trabalho, elaborando as possíveis relações entre eles e os conceitos acima descritos. Por fim, conclui que esses jogos são representativos de uma marca decolonial nos games brasileiros desenvolvidos na década de 1990.

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Biografia do Autor

  • Emmanoel Ferreira, Universidade Federal Fluminense

    Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista de Produtividade em Pesquisa CNPq PQ2. Professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Coordenador do medialudens: grupo de pesquisa em mídias digitais, experiência e ludicidade (DGP/CNPq) e do projeto GameClube UFF. Vice-Presidente da Digital Games Research Association Brasil – DiGRA Brasil (2023–2025).

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Publicado

2025-06-17

Edição

Seção

Em Pauta/Agenda

Como Citar

Ferreira, E. (2025). Partilha do sensível e estética decolonial em jogos brasileiros dos anos 1990. MATRIZes, 19(1), 173-197. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v19i1p173-197