Realidade e limites da pesquisa empírica em comunicação pública
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v16i1p141-159Mots-clés :
Comunicação pública, Pesquisa empírica, Metodologia, Facticidade e normatividade, DemocraciaRésumé
Este artigo aborda o conceito de comunicação pública associado ao de esfera pública, ressaltando a importância da pesquisa empírica para o campo, bem como seus limites metodológicos. Por sua natureza normativa, o conceito comunicação pública permite aferir a qualidade da democracia. Mas, ao procurar responder à dimensão fática da comunicação, a pesquisa empírica pode criar armadilhas cognitivas, acionando a dialética entre facticidade e normatividade, entre ser e dever ser. A reflexão ressalta a necessidade de se reconhecer a complexidade desencadeada por objetos que envolvem conflitos comunicacionais na democracia e indica aspectos metodológicos que podem ser privilegiados ao se contrastar fatos sociais, políticos e comunicativos.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
Arendt, H. (1999). A condição humana. Forense Universitária.
Bobbio, N. (1986). O futuro da democracia: Uma defesa das regras do jogo. Paz e Terra.
Brandão, E., Matos, H., & Martins, L. (2003). Algumas abordagens em comunicação pública. Casa das Musas.
Duarte, J. (Org.). (2009). Comunicação pública: Estado, mercado, sociedade e interesse público. Atlas.
Esteves, J. J. P. (2003). Espaço público e democracia: Comunicação, processo de sentido e identidade social. Ed. Unisinos.
Esteves, J. P. P. (2005). Espaço público e os media: Sobre comunicação entre normatividade e facticidade. Colibri.
Esteves, J. J. P. (2011). Sociologia da comunicação. Fundação Calouste Gulbenkian.
França, V., & Oliveira, L. (Orgs.). (2012). Acontecimento: Reverberações. Autêntica.
Gauthier, G. (1991). Éthique, communication publique et société. In M. Beauchamp (Org.), Communication publique et société : Repères pour la réflexion et l’action (pp. 52-101). Gaëtan Morin.
Gomes, W. (2018). A democracia no mundo digital: História, problemas e temas. Ed. Sesc.
Gomes, W., & Maia, R. C. M. (2008). Comunicação e democracia: Problemas e perspectivas. Paulus.
Habermas, J. (1997). Direito e democracia: Entre facticidade e validade. Tempo Brasileiro.
Heidegger, M. (2015). Ser e tempo. Vozes.
Kegler, B. (2016). Redes de comunicação pública, visibilidade e permanência do acontecimento público tragédia Kiss (Santa Maria, Brasil, 2013) [Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Repositório Digital da UFRGS. https://bit.ly/3LPd73b
Levitsky, S., & Ziblat, D. (2018). Como as democracias morrem. Zahar.
Locatelli, C. (2014). Comunicação e barragens: O poder da comunicação das organizações e da mídia na implantação de hidrelétricas. Insular.
Locatelli, C. (Org.). (2015). Barragens imaginárias: A construção de hidrelétricas pela comunicação. Insular.
Locatelli, C., & Weber, M. H. (2011). A comunicação estratégica entre a cidadania e a construção de barragens no Brasil. In V. Morigi, I. Girardi, & C. Almeida (Orgs.), Comunicação, informação e cidadania: Refletindo práticas e conceitos (pp. 133-160). Sulina.
Maia, R. (2012). Deliberation, the media and political talk. Hampton Press.
Maia, R., Prudencio, K., & Vimieiro, C. (Orgs.). (2018). Democracia em ambientes digitais: Eleições, esfera pública e ativismo. EDUFBA.
Mansbridge, J., Bohman, J., Chambers, S., Estlund, D., Føllesdal, A., Fung, A., Lafont, C., Manin, B., & Martí, J. L. (2010). The place of self-interest and the role of power in deliberative democracy. The Journal of Political Philosophy, 18(1), 64-100. https://doi.org/10.1111/j.1467-9760.2009.00344.x
Matos, H. (2016). Pesquisas em comunicação pública e política: Vertentes teóricas e metodológicas. ECA-USP.
Mendonça, R. F. (2016a). Antes de Habermas, para além de Habermas: Uma abordagem pragmatista da democracia deliberativa. Sociedade e Estado, 31(3), 741-768. https://doi.org/10.1590/s0102-69922016.00030009
Mendonça, R. F. (2016b). Mitigating systemic dangers: The role of connectivity inducers in a deliberative system. Critical Policy Studies, 10(3), 171-190. https://doi.org/10.1080/19460171.2016.1165127
Parker, M. X. (2018). Visibilidade, deliberação e afetos: Comunicação e política nas ocupações da UFRGS em 2016 [Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Repositório Digital da UFRGS. https://bit.ly/351HLoX
Quéré, L. (2011). A individualização do acontecimento no quadro da experiência pública. Caleidoscópio, 10, 13-37.
Ranciére, J. (2014). O ódio à democracia. Boitempo.
Rolando, S. (2010). La comunicazione pubblica per una rande societá: Ragioni e regole per unmigliore dibatttitopubblico. ETAS.
Tilly, C., & Tarrow, S. (2007). Contentious politics. Paradigm.
Weber, M. H. (2020). Balizas do campo comunicação e política. Tríade, 8(18), 6-48. https://doi.org/10.22484/2318-5694.2020v8n18p6-48
Weber, M. H., Pfeifer, M., & Locatelli, C. (Orgs.). (2017). Comunicação pública: Praticas e pesquisas. Insular.
Zémor, P. (2009). As formas da comunicação pública. In J. Duarte (Org.), Comunicação pública: Estado, mercado, sociedade e interesse público (2a ed., pp. 214-245). Atlas.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Maria Helena Weber, Carlos Locatelli 2022
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans ce journal acceptent les termes suivants:
- Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, le travail étant concédé simultanément sous la licence Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) qui permet le partage de l'œuvre avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans cette revue à des fins non commerciales.
- Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour une distribution non exclusive de la version de l'ouvrage publiée dans cette revue (par exemple, publication dans un référentiel institutionnel ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans cette revue.