Semiótica como resistência no contexto da semiosfera latino-americana

Autori

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v13i3p183-204

Parole chiave:

Tradução, Semiosfera, Yuri Lotman, Desiderio Navarro, Doxa, Semiótica da resistência

Abstract

O ensaio focaliza o projeto tradutório-editorial de Desiderio Navarro na introdução das teorias semióticas do Leste europeu no continente latino-americano. Com seu trabalho de tradutor-crítico-ensaísta e editor, o estudioso cubano enfrentou o desafio de justapor a teoria russa à hegemonia das teorias semióticas francesa e americana para semear ideias do pensamento semiótico cultural. Para isso, lutou contra as doxas geopolíticas, conferindo ao seu trabalho crítico o caráter de uma autêntica semiótica da resistência. Do convívio com os semioticistas da cultura, assimilou as bases formadoras do pensamento semiótico entre estudiosos latino-americanos.

Downloads

La data di download non è ancora disponibile.

Biografia autore

  • Irene de Araujo Machado, Universidade de São Paulo

    Livre-Docente em Ciências da Comunicação pela Universidade  de São Paulo (USP), onde atua na Escola de Comunicações e Artes e no Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de  Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PQ-CNPq 1-D).

Riferimenti bibliografici

Baer, B. J. (2013). Translator’s preface. In J. M. Lótman, The unpredictable workings of culture (pp. 17-36). Tallin, Estônia: Tallinn University Press.

Bakhtin, M. M. (1982a). Respuesta a la pregunta hecha por la revista Novy Mir. In Estética de la creación verbal (pp. 343-349). Cidade do México, México: Siglo Veintiuno.

Bakhtin, M. M. (1982b). Hacia una metodología de las Ciencias Humanas. In Estética de la creación verbal. Cidade do México, México: Siglo Veintiuno.

Bally, C. (2012). Le style indirect libre en français moderne. In GermanischRomanische Monatschrift.

Benveniste, E. (1966). Problèmes de linguistique Générale (Vol. 1). Paris, França: Gallimard, (Obra original publicada em 1958).

Boyko, T. (2007). Reading Uspenskij: Soviet semiotics of history in West. Sign Systems Studies, 45(3/4), 380-394. doi: 10.12697/SSS.2017.45.3-4.10

Colón Rodríguez, R. E. (2011). La traduction de la pensée culturelle russe par Desiderio Navarro à Cuba 1960-2009. Ottawa, ON: Universidade de Ottawa.

Colón Rodríguez, R. E. (2013). Desiderio Navarro e a tradução da teoria crítica russa em Cuba. Belas Infiéis, 2(2), 99-125. doi: 10.26512/belasinfieis.v2.n2.2013.11245

Feshchenko, V. (2015). Gustav Shpet’s deep semiotics: A science of understanding. Sign Systems Studies, 43(2/3), 235-248. doi: 10.12697/SSS.2015.43.2-3.06

Fontanille, J. (2004). Préface. In J. M. Lótman, L’explosion et la culture (pp. 9-18). Limoges, França: Pulim.

Gherlone, L. (2014). Dopo la semiosfera: Con saggi inediti di Jurij M. Lótman. Milão, Itália: Mimesis.

Kull, K. (2011). Jurij Lótman in English: Bibiography. Sign Systems Studies, 39(2/4), 343-356. doi: 10.12697/SSS.2011.39.2-4.14

Lotman, J. M. (1967). Metodi esatti nella scienza letteraria sovietica. Strumenti critici, 1 (fasc. II), 107-127.

Lótman, I. M. (1979). Sobre o problema da tipologia da cultura. In B. Schnaiderman (Org.), Semiótica russa (pp. 31-41). São Paulo, SP: Perspectiva.

Lótman, I. M. (1996). La semiosfera I: Semiótica de la cultura y del texto (D. Navarro, Org.). Madri, Espanha: Cátedra.

Lótman, I. M. (1998a). La semiosfera II: Semiótica de la cultura, del texto y de la conducta y del espacio (D. Navarro, Org.). Madri, Espanha: Cátedra.

Lótman, I. M. (1998b). Sobre el metalenguaje de las descripciones tipológicas de la cultura. In La semiosfera II: Semiótica de la cultura, del texto, de la conducta y del espacio (D. Navarro, Org., pp. 93-123). Madri, Espanha: Cátedra.

Lótman, I. M. (2000). La semiosfera III. Semiótica de las artes y de la cultura (D. Navarro, Org.). Madri, Espanha: Cátedra.

Lotman, J. M. (1985). La semiosfera: L’asimmetria e il dialogo nelle strutture pensanti. Veneza, Itália: Marsilio.

Lótman, Y. M., & Ouspenski, B. A. (1976). École de Tartu: Travaux sur les systemes de signes. Bruxelas, Bélgica: Complexe.

Lucid, D. (Ed.). (1977). Soviet semiotics: An anthology. Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press.

Machado, I. (2015). Por que russo e, não, soviético? Cinema e semiótica do campo eslavo. Intexto, 32, 15-37. doi: 10.19132/1807-8583201532.15-37

Manetti, G. (1993). Theories of the sign in Classical Antiquity. Bloomington, IN: Indiana University Press.

Navarro, D. (2003). In media res publica: Sobre los intelectuales y la crítica social en la esfera pública cubana. Revista del CESLA, 4, 111-123. Recuperado de https://www.revistadelcesla.com/index.php/revistadelcesla/article/view/314/309

Navarro, D. (2007). A resposta da escola de Tártu-Moscou a um escandaloso silenciamento da ciência ocidental. In I. Machado (Org.), Semiótica da cultura e semiosfera (pp. 157-171). São Paulo, SP: Annablume; Fapesp.

Navarro, D. (2009-2010). Criterios y la (no)recepción cubana del pensamento cultural ruso. Entretextos, (14-15-16). Recuperado de https://bit.ly/2m1Y8LR

Nöth, W. (2007). Iúri Lótman: Cultura e suas metáforas como semiosferas auto-referenciais. In I. Machado (Org.), Semiótica da cultura e semiosfera (pp. 81-96). São Paulo, SP: Annablume; Fapesp.

Peirce, C. S. (1980). Gramática especulativa: A ética da terminologia. In C. S. Peirce, Escritos coligidos (pp. 99-101). São Paulo, SP: Abril Cultural.

Pereira, O. P. (2001). Ciência e dialética em Aristóteles. São Paulo, SP: Unesp.

Pignatari, D. (s.d.). Uma ciência que ajuda a “ler” o mundo. In D. Pignatari; L. A. Ferrara (Orgs.), Semiótica: Manual de Leitura. AUP 415 e AUP 406. São Paulo, SP: FAU/USP.

Reid, R. (1990). Who is Lótman and why is Bakhtin saying those nasty things about him? Discours Social/Social Discourse, 3, 1-2.

Ricoeur, P. (2000). Entre retórica e poética: Aristóteles. In A metáfora viva (pp. 17-75). São Paulo, SP: Loyola.

Santaella, L. (2007). O conceito de semiosfera à luz de C. S. Peirce. In I. Machado (Org.), Semiótica da cultura e semiosfera (pp. 113-124). São Paulo, SP: Annablume; Fapesp.

Schnaiderman, B. (1979). Semiótica russa. São Paulo, SP: Perspectiva.

Schnaiderman, B. (2010). Encontros com Boris Schnaiderman (S. Cohn, Org.). Rio de Janeiro, RJ: Beco do Azougue.

Sedda, F. (2006). Bibliografia dei testi di Jurij M. Lótman pubblicati in italiano. In J. M. Lótman, Tesi per una semiótica delle culture (pp. 303-311). Roma, Itália: Meltemi.

Silva, C. M. M. (2016). O conceito de doxa (opinião) em Aristóteles. Linha D’Água, 29(2), 43-67. doi: 10.11606/issn.2236-4242.v29i2p43-67

Sodré, M. (2017). Pensar Nagô. Petrópolis, RJ: Vozes.

Torop, P. (1983-1984). El fenômeno Lótman. Criterios, 5-12, 90-98.

Torop, P. (2000). New Tartu Semiotics. European Journal for Semiotic Studies, 12(1), 5-21.

Torop, P. (2017). Semiotics of cultural history. Sign Systems Studies, 45(3/4), 317-334. doi: 10.12697/SSS.2017.45.3-4.07

Torop, P. (no prelo). Teoria russa e semiótica da cultura: História e perspectivas. Bakhtiniana. Revista de Estudos do Discurso.

Verón, E. (1996). La semiosis social: Fragmentos de una teoria de la discursividad. Barcelona, Espanha: Gedisa.

Volosinov, V. N. (1973). Quasi-direct discourse in French, German, and Russian. In V. N. Volosinov, Marxism and the philosophy of language (pp. 141-159). Cambridge, MA: Harvard University Press.

Volóchinov, V. N. (2017). Marxismo e filosofia da linguagem: Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Editora 34.

Waldstein, M. (2008). Soviet empire of signs: A history of the Tartu School of Semiotics. Berlim, Alemanha: VDM Verlag.

Winner, T. G. (2002). How did the ideas of Jurij Lótman reach the West? Sign Systems Studies, 30(2), 419-427.

Pubblicato

2019-12-26

Fascicolo

Sezione

Em Pauta/Agenda

Come citare

Machado, I. de A. (2019). Semiótica como resistência no contexto da semiosfera latino-americana. MATRIZes, 13(3), 183-204. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v13i3p183-204