As assimetrias de gênero no mercado de trabalho em jornalismo
um estudo sobre a participação feminina em redações do Amapá
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2019.153971Palabras clave:
Mulheres Jornalistas, Jornalismo Regional, Feminização do Jornalismo, Relações de Trabalho, GêneroResumen
O movimento de feminização no jornalismo brasileiro acentuou-se após a segunda metade do século XX, impulsionado pelo processo de profissionalização − sobretudo com a implementação de cursos de graduação e obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão −, bem como pelas instabilidades do mercado profissional e das relações de trabalho. Esse movimento caracterizou-se de forma desigual nas ocupações de funções, cargos, remuneração, nos segmentos do mercado e em regiões geográficas. Esta reflexão analisa a participação das mulheres no jornalismo regional e suas assimetrias nas redações do Amapá. Aplicou-se survey online, durante o mês de maio de 2017. O estudo apontou relações desiguais de trabalho entre os gêneros com relação a salário, funções, qualificação profissional e tratamento tanto pela chefia quanto pelos pares. A maior parte das respondentes informou sofrer assédios moral e sexual.
Descargas
Referencias
ALDRIDGE, M. The Paradigm contingent career? Women in regional newspaper journalism. Sociological Research Online, [S. l.], v. 6, n. 3, 2001.
BONELLI, M. G. As ciências sociais no sistema profissional brasileiro. Boletim Informativo e Bibliográfico de Ciências Sociais, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 31-62, 1993.
BUITONI, D. S. Mulher de papel: a representação da mulher pela imprensa feminina brasileira. 2. ed. São Paulo: Summus, 2009.
CANAVILHAS, J. Webjornalismo: considerações gerais sobre jornalismo na web. Biblioteca Online de Ciências da Comunicação, Lisboa, p. 1-7, 2001. Disponível em: https://bit.ly/1iwjV6v. Acesso em: 13 jun. 2017.
CARVALHO, K. A imprensa feminina no Rio de Janeiro, anos 20: um sistema de informação cultural. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 24, n. 1, p. 1-11, 1995.
COSTA, N. Lugar de mulher é na redação: o jornalismo performático e o destaque alcançado por repórteres mulheres. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL FAZENDO GÊNERO, 10., 2013, Florianópolis. Anais eletrônicos […]. Florianópolis: UFSC. Disponível em: https://bit.ly/2kGK0aN. Acesso em: 18 set. 2019.
DUARTE, C. L. Imprensa feminina e feminista no Brasil: século XIX − dicionário ilustrado. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.
HIRATA, H. Globalização e divisão sexual do trabalho. Cadernos Pagu, Campinas, v. 17-18, p. 139-156, 2002.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em: https://bit.ly/2kEWgsl. Acesso em: 13 jun. 2017.
LATIF, O. A. A. Assédio sexual nas relações de trabalho. Âmbito Jurídico, Rio Grande, n. 41, 2007. Disponível em: https://bit.ly/2klNLSz. Acesso em: 17 jul. 2017.
LEITE, A. T. B. Profissionais da mídia em São Paulo: um estudo sobre profissionalismo, diferença e gênero no jornalismo. 2015. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) − Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2015.
LEITE, A. T. B. O processo de feminização do jornalismo em São Paulo: uma análise dos aspectos objetivos e simbólicos das diferenças de gênero na profissão. In: BONELLI, M. G. (org.). Profissões republicanas: experiências brasileiras no profissionalismo. São Carlos: Udufscar, 2016. p. 53-82.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e poder. Petrópolis: Vozes, 1997.
MAZOTTE, N.; TOSTE, V. (coord.). Mulheres no jornalismo brasileiro. São Paulo: Abraji, 2017. Disponível em: https://bit.ly/2ANG2C5. Acesso em: 8 abr. 2018.
MICK, J.; LIMA, S. Perfil do jornalista brasileiro: características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico em 2012. Florianópolis: Insular, 2013.
MOSCHKOVICH, M.; ALMEIDA, A. M. F. Desigualdades de gênero na carreira acadêmica no Brasil. DADOS, Rio de Janeiro, v. 58, n. 3, p. 749-789, 2015.
PONTES, F. S. Desigualdades estruturais de gênero no trabalho jornalístico: o perfil das jornalistas brasileiras. In: COLÓQUIO NACIONAL DE ESTUDOS DE GÊNERO E HISTÓRIA, 2., 2016, Guarapuava. Anais […]. Guarapuava: Unicentro, 2016. p. 1-11. Disponível em: https://bit.ly/2mk5P00. Acesso em: 10 jun. 2017.
RAGO, M. Adeus ao feminismo? Feminismo e (pós)modernidade no Brasil. Cadernos AEL, Campinas, n. 3-4, p. 11-43, [1995 ou 1996].
RAMOS, R. H. P. Mulheres jornalistas: a grande invasão. São Paulo: Faculdades Cásper Líbero: Imprensa Oficial, 2010.
RIBEIRO, J. H. Jornalistas: 1937 a 1997 − história da imprensa de São Paulo vista pelos que batalham laudas (terminais) câmeras e microfones. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1998.
ROCHA, P. M. A mulher jornalista no estado de São Paulo: o processo de profissionalização e feminização da carreira. 2004. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) − Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2004.
ROCHA, P. M. O processo de profissionalização do Jornalismo no Brasil e seus embates ao longo do século XX e XXI. In: BONELLI, M. G. (org.). Profissões republicanas: experiências brasileiras no profissionalismo. São Carlos: Edufscar, 2016. p. 33-52.
ROCHA, P. M.; SOUSA, J. P. O mercado de trabalho feminino em jornalismo: análise comparativa entre Portugal e Brasil. Impulso, Piracicaba, v. 21. n. 51, p. 7-18, 2011.
RUBIN, G. The traffic in women. In: REITER, R. (ed.). Towards an anthropology of women. Tradução Edith Piza. New York: Monthly Rewiew Press, 1975. p. 157-210.
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
SANTOS, A. S.; ROCHA, P. M. Jornalismo regional e glocal na Amazônia: as características do Diário do Amapá. In: SEMINÁRIO DE INVERNO DE ESTUDOS EM COMUNICAÇÃO, 20., 2017, Ponta Grossa. Anais […]. Ponta Grossa: UEPG.
SCHEIBE, R.; AUGUSTO, I. R. Por uma conversão do olhar: desbravações epistemológicas no Amapá. Jornal Alcar, Porto Alegre, v. 2, n. 9, p. 1-11, 2013.
SCOTT, J. Gênero, uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Realidade. v. 15, n. 2, p. 5-22,1990.
SINDICATO DOS JORNALISTAS DO DISTRITO FEDERAL. Pesquisa desigualdade de gênero no jornalismo. Brasília, DF: SJPDF, 22 set. 2017. Disponível em: https://bit.ly/2klAsS6. Acesso em: 13 jun. 2018.
STREIT, M.; LONGO, I. Machismo em pauta: jornalistas na mira do assédio. Revista Fórum, Santos, 24 jul. 2016. Disponível em: https://bit.ly/2mmPfwF. Acesso em: 14 jun. 2017.
TRAVERSO-YÉPEZ, M. A.; PINHEIRO, V. S. Gender socialization and adolescence. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13, n. 1, p. 147-162, 2005. Disponível em: https://bit.ly/2mfpRZx. Acesso em: 17 jul. 2017.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution CC Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.