Estatuária do desejo: a escrita erótica e o jogo da imitação em "Lucíola"

Autores

  • Geovanina Maniçoba Ferraz Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2015.115073

Palavras-chave:

Alencar, Lucíola, narrador, sexo, erótico, estatuária,

Resumo

Lucíola, romance de José de Alencar, publicado em 1862, trata do breve envolvimento de um jovem provinciano com uma bela cortesã. O desejo libidinoso, mesmo quando negado, ocupa posição central na trama, movendo personagens e narrativa até a morte prematura da protagonista. Inclusive esse desfecho, com sua carga de purificação e punição, ocorre por complicações do aborto e,portanto, como consequência do sexo, numa alegoria máxima entre Eros e Tânatos. O narrador reconhece a imoralidade de seu texto, mas afirma que não vai se esconder na hipocrisia das reticências. É possível perceber aí uma preocupação com a maneira de mostrar os signos lascivos. A análise de três cenas de forte conotação erótica e as suas relações com outras passagens do romance pretende contribuir para a compreensão desse processo de representação.

 

 

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Biografia do Autor

  • Geovanina Maniçoba Ferraz, Universidade de São Paulo
    Geovanina Maniçoba Ferraz é mestranda em Literatura Brasileira pela USP, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Eliane Robert Moraes, bolsista inicialmente CAPES e atualmente CNPQ, especialista em Literatura pela PUC-SP e graduada em medicina pela UFPE.

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Publicado

2015-05-03

Como Citar

Ferraz, G. M. (2015). Estatuária do desejo: a escrita erótica e o jogo da imitação em "Lucíola". Opiniães, 4(6-7), 68-83. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2015.115073