O contexto da publicação e o prefácio de "Ressurreição": Machado de Assis e os cavaleiros da causa nacional e da ordem romântica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2015.115200Palavras-chave:
Século XIX, Brasil, Romantismo, Machado de Assis, RessurreiçãoResumo
A partir da trajetória de Machado de Assis, considerando suas tomadas de posição e o contexto de Ressurreição, apresento uma leitura sincrônica da primeira advertência à Ressurreição, explorando o romance também, mas brevemente. O objetivo primário é mostrar o anúncio de adequação feito por Machado no prefácio desse romance às exigências de Quintino Bocaiúva, em 1863, quando este, então preceptor do teatro realista, criticava Machado por não partilhar a causa nacional do Romantismo brasileiro: a formação moral do leitor. Ao dialogar com seus pares, Machado apresenta seu romance, então, conforme a crítica de Bocaiúva, aliás, o paradigma validado pela teoria do Romantismo brasileiro. Observarei como Machado configura o diálogo com o crítico de 1863, com o contexto de 1872, ano de publicação de Ressurreição, e como este romance responde às exigências quintiniana de 1863. Hipótese: a presença da fábula de Esopo subsidia a pressuposição de que Ressurreição acomoda-se à ordem romântica e segue o conselho de um dos cavaleiros da causa nacional: Quintino Bocaiúva.
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