Tragédia e redenção da personagem da mãe-escrava: uma análise comparativa de Mãe, de José de Alencar, e Cancros Sociais, de Maria Angélica Ribeiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2020.173189Palavras-chave:
Maria Angélica Ribeiro, José de Alencar, Cancros Sociais, Mãe, Dramaturgia-reflexoResumo
O presente artigo tem como finalidade apresentar uma análise comparativa entre a peça Mãe, de José de Alencar (1829 – 1877), e Cancros sociais, de Maria Angélica Ribeiro (1829 – 1880). Tendo sido Maria Ribeiro uma autora pioneira na escrita dramatúrgica feminina e nacional do século XIX, esta análise, além de fortalecer o campo de estudos de ambas as obras, tem também como finalidade apresentar um olhar atencioso sobre uma das obras mais aclamadas da autora, divulgando-a como forma de fortalecer a figura feminina na dramaturgia brasileira. Cancros Sociais pode ser considerada uma dramaturgia-reflexo de Mãe, o que incentiva uma análise, dentre outros aspectos, da construção e do desfecho da personagem da mãe-escrava que, a depender do autor, apresenta temperamentos e atitudes opostos, revelando posições e intenções específicas de cada dramaturgo. Acima de tudo, este é um trabalho que tem como foco duas produções escritas em uma época anacrônica aos tempos atuais, contrastando os pensamentos contemporâneos aos históricos, presentes nas obras analisadas, e exigindo determinado distanciamento para que se possa compreender as obras artísticas a partir das normais sociais e culturais vigentes na época.
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Referências
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