O arranjador na Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2020.178995Palavras-chave:
Crônica da casa assassinada, Lúcio Cardoso, Literatura Brasileira, Arranjador, Teoria do romanceResumo
Este artigo tem como objetivo analisar o processo de criação de uma figura incógnita presente no romance Crônica da casa assassinada, publicado pelo escritor mineiro Lúcio Cardoso no ano de 1959. Essa figura é responsável por resgatar os registros escritos dos dez narradores-personagens, rearranjando-os de forma a reconstituir a história da família Meneses. Na primeira parte, vamos desvendar o enredo oculto que subjaz a narrativa, analisando como a figura incógnita se movimenta pelas marcas gráficas e nas notações em itálico. Em seguida, essa figura será analisada à luz do conceito de arranjador (arranger), uma espécie de persona do autor que exerce pressão na economia narrativa. Por fim, discutiremos a hipótese de essa figura incógnita ser Glael, o filho perdido de Nina.
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