Entre a chuva e o sol: amor e sociedade em “Um dia de chuva”, de Eça de Queiroz
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2023.215590Palavras-chave:
Um dia de chuva, Eça de Queiroz, Antonio Candido, Modernidade, RomantismoResumo
Este artigo tem como objetivo analisar e interpretar “Um dia de chuva”, conto póstumo de Eça de Queiroz, a partir de sugestões críticas deixadas por Antonio Candido. Propõe-se que as imagens polares da chuva e do sol, cuja competição foi devidamente sugerida pelo crítico como princípio estrutural da narrativa, simbolizam os sentimentos de frustração e esperança em dois níveis diferentes. Nesse sentido, esses polos representariam tensões relativas à temática amorosa, no plano geral das emoções humanas, e relativas ao processo de modernização, no plano particular do contexto histórico da sociedade portuguesa do século XIX. E a unidade entre esses dois planos diversos seria proporcionada pela visão de mundo manifestada na composição da obra pelo autor, ao mesmo tempo romântica e progressista.
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