Protofantasia brasileira oitocentista: manifestações iniciais de um gênero do insólito

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2024.221580

Palavras-chave:

Historiografia literária, Literatura brasileira, Fantasia

Resumo

A Fantasia, parte da macrocategoria do Insólito Ficcional, é um gênero originário da literatura britânica oitocentista que se propagou no século XX até atingir o nível de alta popularidade. No contexto brasileiro, a disseminação da Fantasia foi relativamente tardia, assim como as suas produções inaugurais; entretanto, histórias do Insólito eram frequentes entre autores nacionais, algo já amplamente documentado pela historiografia literária. Nesse sentido, a proposta deste artigo é refletir acerca dos possíveis protótipos e marcos iniciais da Fantasia na produção brasileira, partindo de alguns aspectos primordiais para o gênero. Para o presente exercício, analisamos três narrativas oitocentistas: “As bruxas” (1861), de Fagundes Varela, “O país das Quimeras” (1862), de Machado de Assis, e o romance A ilha maldita (1879), de Bernardo Guimarães.

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Biografia do Autor

  • André Karasczuk Taniguchi, Universidade Presbiteriana Mackenzie – UPM

    Doutorando em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras do Centro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana, orientado pelo Prof. Dr. Cristhiano Motta Aguiar. Áreas de atuação: estudos do insólito ficcional, literatura fantástica, literatura de fantasia, insólito brasileiro. É bolsista do programa Proex-Capes. É editor-assistente da revista Cadernos de Pós-Graduação em Letras (CPGL), da Universidade Presbiteriana Mackenzie (2022-atual).

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Publicado

2024-10-23

Edição

Seção

Tema livre

Como Citar

Taniguchi, A. K. (2024). Protofantasia brasileira oitocentista: manifestações iniciais de um gênero do insólito. Opiniães, 25, 371-389. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2024.221580