Sobre águas convulsas: a (in)construção subjetiva em “Salmoura” (2024), de Yasmin Franca
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2025.233583Palavras-chave:
Poesia brasileira contemporânea, Subjetividade moderna, Memória, CatástrofeResumo
O artigo investiga a temática da perda do sujeito no livro de poemas Salmoura, da autoria de Yasmin Franca, que fez, em 2024, com a respectiva obra, sua estreia na cena literária nacional. Com uma dicção hermética, o livro é atravessado por signos relativos à água. Os poemas se dividem entre aqueles de conteúdo mais existencial e aqueles que aludem a episódios catastróficos da história. O presente trabalho visa, a partir do diálogo entre ambos os temas, examinar a questão das dificuldades da estruturação subjetiva frente ao tempo da modernidade em ruínas. A abordagem passa por temas como a memória e a experiência traumática da história.
Downloads
Referências
BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da matéria. Tradução de Antonio de Pádua Danesi. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2018.
BARBOSA, João Alexandre. As ilusões da modernidade: notas sobre a historicidade da lírica moderna. São Paulo: Perspectiva, 1986.
BARTHES, Roland. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Tradução de Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito da História. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987a, pp. 222-232.
BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987b, pp. 197-221.
BENJAMIN, Walter. Passagens. Vol. 2. Tradução de Irene Aron e Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018.
CAMUS, Albert. O mito de Sísifo: ensaio sobre o absurdo. Tradução de Ari Roitman e Paulina Watch. Rio de Janeiro: Record, 2004.
CELAN, Paul. Cristal. Tradução: Claudia Cavalcanti. São Paulo: Iluminuras, 1999.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos: (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). Tradução de Vera da Costa e Silva (et al.). 16a. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.
FOSTER, Hal. O retorno do real: a vanguarda no final do século XX. Tradução de Célia Euvaldo. São Paulo: Ubu Editora, 2017.
FRANCA, Yasmin. Salmoura. Cotia: Urutau, 2024.
LACAN, Jacques. Escritos. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
LEVI, Primo. É isto um homem? Rio de Janeiro: Rocco, 1988.
LUKÁCS, Georg. A teoria do romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2000.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. A história como trauma. In: NESTROVSKI, Arthur; SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.). Catástrofe e representação: ensaios. São Paulo: Escuta, 2000. p. 73-98.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Pablo Vinícius Nunes Garcia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista Opiniães não exerce cobrança pelas contribuições recebidas, garantindo o compartilhamento universal de suas publicações. Os autores mantêm os direitos autorais sobre os textos originais e inéditos que disponibilizarem e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.