Sobre águas convulsas: a (in)construção subjetiva em “Salmoura” (2024), de Yasmin Franca

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2025.233583

Palavras-chave:

Poesia brasileira contemporânea, Subjetividade moderna, Memória, Catástrofe

Resumo

O artigo investiga a temática da perda do sujeito no livro de poemas Salmoura, da autoria de Yasmin Franca, que fez, em 2024, com a respectiva obra, sua estreia na cena literária nacional. Com uma dicção hermética, o livro é atravessado por signos relativos à água. Os poemas se dividem entre aqueles de conteúdo mais existencial e aqueles que aludem a episódios catastróficos da história. O presente trabalho visa, a partir do diálogo entre ambos os temas, examinar a questão das dificuldades da estruturação subjetiva frente ao tempo da modernidade em ruínas. A abordagem passa por temas como a memória e a experiência traumática da história.

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Biografia do Autor

  • Pablo Vinícius Nunes Garcia, Universidade Estadual de Campinas – Unicamp

    Doutorando em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas. Mestre em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (2023). Bacharel em Letras (Estudos Literários) pela Universidade Federal de Ouro Preto (2022).

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Publicado

2025-08-01

Como Citar

Garcia, P. V. N. (2025). Sobre águas convulsas: a (in)construção subjetiva em “Salmoura” (2024), de Yasmin Franca. Opiniães, 26, 351-368. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2025.233583