Comunicação, gênero e trabalho informal: a cultura empreendedora como fator de ambiguidade nas organizações
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2022.187947Palavras-chave:
Trabalho informal, Revendedoras de cosméticos , Cultura empreendedora, Venda direta, Comunicação institucionalResumo
Este artigo integra os estudos sobre comunicação e mundo do trabalho relacionados a gênero e classe. Pensando a emergência da cultura empreendedora como fator de ambiguidade nas organizações, considera-se um estudo de caso da comunicação institucional de uma marca de cosméticos de venda direta e os relatos de revendedoras de diversas empresas do setor. Os resultados indicam uma ressignificação das práticas laborais precarizadas diante da incorporação da cultura empreendedora nos discursos organizacionais, afetando principalmente as trabalhadoras.
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