Comunicação e ativismo institucional na Amazônia: análise das coordenadorias de gênero e raça em Belém

Autores

  • Rayza Sarmento Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2024.224471

Palavras-chave:

Ativismo institucional, Comunicação pública, Gênero, Raça

Resumo

Este artigo analisa como a comunicação da Prefeitura de Belém evidencia as dinâmicas de ativismo institucional que ocorrem na gestão atual. A análise foca na comunicação pública das Coordenadorias da Mulher e Antirracista, que têm em seus quadros ativistas dos movimentos feminista e negro. O corpus empírico é composto por 87 notícias sobre os dois órgãos publicadas no portal da prefeitura (Agência Belém) durante o atual mandato, bem como por entrevistas com funcionários(as) das pastas supracitadas.

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Biografia do Autor

  • Rayza Sarmento, Universidade Federal do Pará

    Doutora e mestra em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA). Coordena o Grupo de Pesquisa em Gênero, Comunicação, Democracia e Sociedade (GCODES/UFPA) e integra o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD).

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Publicado

2024-11-05

Como Citar

SARMENTO, Rayza. Comunicação e ativismo institucional na Amazônia: análise das coordenadorias de gênero e raça em Belém. Organicom, São Paulo, Brasil, v. 21, n. 45, p. 149–159, 2024. DOI: 10.11606/issn.2238-2593.organicom.2024.224471. Disponível em: https://revistas.usp.br/organicom/article/view/224471.. Acesso em: 30 dez. 2024.