Análise ambiental como subsídio ao planejamento urbano: o caso de Boa Esperança (MG)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i36p69-90Palabras clave:
Análise ambiental. Bacias hidrográficas urbanas. Áreas de Preservação Permanente.Resumen
A área de estudo do presente trabalho compreende as bacias hidrográficas urbanas da sede do município de Boa Esperança (MG), que apresentam diversos problemas socioambientais decorrentes da ação antrópica. Poluição, assoreamento e eutrofização dos córregos e ocupação desordenada das áreas de preservação permanente são os principais problemas observados. Na área de estudo, formou-se o Lago dos Encantos, porção do reservatório da usina hidrelétrica de Furnas muito utilizada para recreação, atividades esportivas e pesca. Este estudo realizou a análise ambiental das bacias hidrográficas citadas por meio da análise de aspectos qualitativos dos corpos hídricos, do uso solo, da degradação ambiental e das áreas sujeitas a enchentes e inundações. Os resultados mostram que a urbanização impactou as Áreas de Preservação Permanente (APP), prejudicando a qualidade ambiental e sanitária desses ambientes, resultando em problemas que podem afetar diretamente a saúde pública. A partir dessa análise, recomendou-se o estabelecimento de ações corretivas e preventivas, como a revitalização dos ambientes, a criação e ampliação de parques municipais, criação de ciclovias e atividades educativas que envolvam a comunidade. Para que essas ações tenham êxito deve-se incluir diretrizes relacionadas à conservação ambiental no processo de revisão do plano diretor municipal. Essa iniciativa é fundamental para que o planejamento urbano seja integrado ao planejamento ambiental.
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Referencias
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