Os primórdios da amizade na infância: a perspectiva materna
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-863X2008000300014Palavras-chave:
Amizade, Infância, Mães, Relações interpessoaisResumo
A investigação da origem ontogenética da amizade apresenta dificuldades conceituais e metodológicas. O presente artigo investigou como mães de crianças entre um e três anos percebiam as primeiras amizades de seus filhos. Vinte mães entre 24 e 48 anos foram entrevistadas com base em um roteiro pré-estabelecido. Os resultados indicaram que o conceito de amizade das mães era muito positivo. A rede de amigos dos filhos era formada por crianças da família, da vizinhança ou de comunidades religiosas. A principal atividade compartilhada com amigos foi o brincar. As mães facilitavam o encontro dos filhos com amigos ou amigos em potencial e serviam de mediadoras entre os padrões sócio-culturais e essas amizades, contribuindo para a sua construção de acordo com as expectativas sócio-culturais. As primeiras amizades foram identificadas por volta dos 18 meses. Pode-se concluir que as mães participavam ativamente da formação das primeiras amizades dos filhos.Downloads
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