A identidade coletiva do slam poetry
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2022.190713Palavras-chave:
Slam poetry, Poesia, Teoria política, Democracia radical e pluralResumo
Slam poetry é uma forma de poesia performática criada por Marc Kelly Smith em Chicago na década de 1980, que a partir de então ganhou adeptos em diversos locais do mundo. Essa modalidade se baseia em cinco pilares principais: poesia, performance, interatividade, competição e comunidade. Relatos desses eventos têm demonstrado a especial afeição dos poetas pela abordagem de temas sociais e políticos em seus discursos. Contudo, a literatura acadêmica produzida sobre o tema pouco tem se aprofundado na discussão do slam poetry como uma manifestação de cunho político. Desse modo, o presente trabalho posiciona o slam poetry enquanto objeto de análise da teoria política. Para isso foram visitados 14 eventos de slam, analisadas 40 poesias apresentadas em tais eventos e entrevistados 25 sujeitos diretamente ligados ao movimento. Como principal resultado, conclui-se que o slam poetry é capaz de formar comunidades emocionais nas quais seus membros lutam por uma democracia radical e plural.
Downloads
Referências
ATERIANUS-OWANGA, Alice (2015). ‘Orality is my reality’: the identity stakes of the “oral” creation in Libreville hip-hop practices. Journal of African Cultural Studies, v. 27, n. 2, p. 146-158.
BELLE, Felice (2003). The poem performed. Oral Tradition, v. 18, n. 1, p. 14-15.
CULLELL, Diana (2015). (Re-)Locating prestige: poetry readings, poetry slams, and poetry jam sessions in contemporary Spain. Hispanic Research Journal, v. 16, n. 6, p. 545-559.
ÉMERY-BRUNEAU, Judith; PANDO, Nydia (2016). Analyse de performances poétiques dans une joute de slam. Language and Literacy, v. 18, n. 1, p. 40-56.
GLAZNER, Gary Mex (2000). Poetry slam: the competitive art of performance poetry. San Francisco: Manic D. Press.
GREGORY, Helen (2008). (Re)presenting Ourselves: Art, Identity, and Status in the U.K. Poetry Slam. Oral Tradition, v. 23, n. 2, p. 201-217.
HALL, Stuart (2006). A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.
HOOKS, Bell (2017). Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. São Paulo: WMF Martins Fontes.
JIMENO, Myriam (2010). Emoções e política: a vítima e a construção de comunidades emocionais. Mana, v. 16, n. 1, p. 99-121. https://doi.org/10.1590/S0104-93132010000100005.
MOLINERO, Bruno (2019). Brasil tem 210 grupos de slam, diz torneio nacional de poesia falada. Folha de S. Paulo, São Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/bruno-molinero/2019/12/brasil-tem-210-grupos-de-slam-diz-torneio-nacional-depoesia-falada.shtml (acesso em 08/12/2020).
MOUFFE, Chantal (1992). “Democratic Politics Today”. In: MOUFFE, Chantal (org.). Dimensions of radical democracy: pluralism, citizenship, community. Londres: Verso, p. 1-14.
MOUFFE, Chantal (1993). The return of the political. Londres: Verso.
MOUFFE, Chantal (2015). Sobre o político. São Paulo: WMF Martins Fontes.
NEVES, Cynthia Agra de Brito (2017). Slams – Letramentos literários de reexistência ao/no mundo contemporâneo. Linha D’Água, v. 30, n. 2, p. 92-112.
OLSON, Alix (2007). Word warriors: 35 women leaders in the spoken word revolution. Emeryville: Seal Press.
POOLE, Sara (2007). ‘Slambiguité’? Youth culture and the positioning of ‘Le Slam” in France. Modern & Contemporary France, v. 15, n. 3, p. 339-350.
POOLE, Sara (2008). Le texte, autrement. Opening the (language classroom) door to slam. The French Review, v. 82, n. 2, p. 293-305.
RUDD, Lynn (2012). Just Slammin! Adolescents’ construction of identity through performance poetry. Journal of Adolescent & Adult Literacy, v. 55, n. 8, p. 682-691.
SILVA, Caio Ruano da. (2020). Slam poetry: poesia performática, política e educação. Dissertação (mestrado). Vitória: Programa Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo.
SMITH, Marc Kelly; KRAYNAK, Joe (2009). Take the mic: the art of performance poetry, slam, and the spoken word. Naperville: Sourcebooks Media Fusion.
SOMERS-WILLET, Susan B. A. 2005. Slam poetry and cultural politics of performing identity. The Journal of the Midwest Modern Language Association, v. 38, n. 1, p. 51-73.
STELLA, Marcello (2015). A batalha da poesia… o slam da Guilhermina e os campeonatos de poesia falada em São Paulo. Ponto Urbe, v. 17, n. 1, p. 1-18.
YOUNG, Iris Marion (2000). Inclusion and Democracy. Nova York: Oxford University Press.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Política de direitos compartilhados

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Ao submeter seu trabalho à Plural, o autor concorda que: o envio de originais à revista implica autorização para publicação e divulgação, ficando acordado que não serão pagos direitos autorais de nenhuma espécie. Uma vez publicados os textos, a Plural se reserva todos os direitos autorais, inclusive os de tradução, permitindo sua posterior reprodução como transcrição e com devida citação de fonte. O conteúdo do periódico será disponibilizado com licença livre, Creative Commons - Atribuição NãoComercial- CompartilhaIgual –, o que quer dizer que os artigos podem ser adaptados, copiados e distribuídos, desde que o autor seja citado, que não se faça uso comercial da obra em questão e que sejam distribuídos sob a mesma licença (ver: http://www.creativecommons.org.br/).