Representações Sociais dos profissionais de saúde relativas ao trabalho no período de pandemia da Covid-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2022.201265

Palavras-chave:

Representações sociais, Pandemia Covid-19, Profissionais de saúde, Medo, Isolamento

Resumo

O presente estudo buscou apreender as representações sociais dos profissionais de saúde em seu processo de trabalho durante o período de pandemia da Covid-19. Essa pesquisa foi realizada no período de setembro de 2020 a fevereiro de 2021, portanto, anterior ao início da vacinação. Para coleta dos dados foi utilizado um formulário desenvolvido no Google Forms. Responderam ao questionário 197 participantes, de diversas áreas da saúde, que no primeiro período da pandemia trabalhavam em atendimento direto ao Covid-19. Para a organização dos dados se fez uso da interface visual ancorada na linguagem R e Python, Iramuteq, facilitando a identifi cação de padrões lexicais e ligações entre diferentes termos presentes em um conjunto de textos, a partir do que se elegeu três categorias de análise: medo, insegurança e isolamento, que orientaram a estrutura da análise e discussão. Conclui-se que medo, insegurança e isolamento são recorrentes na história das epidemias, porém, são ressignifi cados a cada contexto, como na pandemia da Covid-19, conforme suscitados pelos/as participantes da pesquisa.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Leide da Conceição Sanches, Faculdades Pequeno Príncipe. Programa de Mestrado em Ensino nas Ciências da Saúde

    Doutora em Soiologia pela UFPR. Docente Permanente do Programa de Mestrado em Ensino nas Ciências da Saúde (PECS) da Faculdades Pequeno Príncipe (FPP). Membro do Grupo de Pesquisa em Sociologia da Saúde da UFPR. Membro do Grupo de Pesquisa PENSA da FPP.

  • Maria Marce Moliani, Universidade Estadual de Ponta Grossa

    Doutora em Ciências Sociais/IFCH-Unicamp; Mestre em sociologia IFCH/Unicamp, Docente- Associada junto ao DEED-UEPG; membro do Grupo de Pesquisa Sociologia da Saúde.

  • Claudia Rejane Schavarinski Almeida Santos, Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Sociologia

    Graduada em História pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). Mestre em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Paraná (PPGSOCIO/UFPR) e Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Paraná (PPGSOCIO/UFPR).

  • Ingrid Schwyzer, Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Sociologia

    Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná, graduação e mestrado em História pela Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de História e Sociologia, com interesse em História da Enfermagem e prática profissional, Sociologia e Antropologia da Saúde, práticas do voluntariado hospitalar. Professora de Sociologia e Antropologia Aplicadas à Saúde, História da Enfermagem e Metodologia da Pesquisa.Membro do grupo de pesquisas de Sociologia da Saúde ( UFPR/CNPQ).

Referências

ABRIC, Jean Claud. (1993). Central system, peripheral system: their functions and roles in the dynamics of social representations. Papers on Social Representations. v. 2. p. 75-8.

BONELLI, Maria da Glória (2003) Arlie Russell Hochschild e a sociologia das emoções. Cadernos pagu. v. 21. p. 357-72.

BOURDIEU, Pierre (2007). A Economia das trocas simbólicas. São Paulo, Perspectiva.

CAMARGO, Brigido Vizeu; JUSTO, Ana Maria. (2013). Iramuteq: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia. v. 21. n. 2. p. 513-18.

DEJOURS, Christophe (2005). O fator humano. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas.

DEJOURS, Cristophe (1987). Loucura do trabalho. São Paulo: Oboré.

HIRATA, Helena (2022). O Cuidado, teorias e práticas. São Paulo, Boitempo.

KANG, Lijun et al. (2020). The mental health of medical workers in Wuhan, China dealing with the 2019 novel coronavirus. Lancet Psychiatry. v. 7. n. 3. e14. https:// doi: 10.1016/S2215-0366(20)30047-X.

KOSELLECK, Reinhart (2006). Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/Editora PUC – Rio.

LAHLOU, Saadi (2018). Text Mining Methods: An answer to Chartier and Meunier. Papers on Social Representations, v. 20. n. 38. p. 1-7.

MERTON, Robert King (1979). A ambivalência Sociológica e outros ensaios. São Paulo, Zahar.

MOSCOVICI, Serge (1978). A representação social da psicanálise. A. Cabral, trad. Rio de Janeiro: Zahar.

MOSCOVICI, Serge. (2009). Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis, Vozes.

NASCIMENTO, Dilene Raimundo (2005). As pestes do Século XX: tuberculose e aids no Brasil, uma história comparada. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.

NASCIMENTO, Dilene Raimundo (2020) “Entre o medo e o enfrentamento das epidemias: uma reflexão motivada pela Covid-19”. In: SANGLARD, Gisele (Org.) Diário da pandemia: o olhar dos historiadores. Rio de Janeiro: Hucitec/ Fiocruz. p. 168-75.

ROAZZI, Antonio et al. (2002). A questão do consenso nas representações sociais: um estudo de medo entre adultos. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 18. n. 2 p. 179-82.

SÈVE, Bernard (2007). “O medo como procedimento heurístico e como instrumento de persuasão em Hans Jonas”. In: Ensaios sobre o medo. São Paulo, Senac, edições Sesc.

SONTAG, Susan. (2007). A Doença como Metáfora. São Paulo: Companhia das Letras.

VILLAS BÔAS, Lucia Pintor Santiso (2010). Uma abordagem da historicidade das representações sociais. Cadernos de Pesquisa. v. 40. n. 40. p. 379-405.

Downloads

Publicado

2022-09-19

Edição

Seção

Dossiê Transmissão pessoa a pessoa: análises sociológicas da pandemia COVID-19

Como Citar

Sanches, L. da C., Moliani, M. M., Santos, C. R. S. A., & Schwyzer, I. . (2022). Representações Sociais dos profissionais de saúde relativas ao trabalho no período de pandemia da Covid-19. Plural, 29(02), 14-29. https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2022.201265