“Nem todo evangélico é conservador”: religião e política entre evangélicos de esquerda no Brasil

Autores

  • Wallace Cabral Ribeiro Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2023.203782

Palavras-chave:

Religião e política, conservadorismo, nova direita, protestantismo de esquerda, espiritualidade engajada

Resumo

O campo evangélico é um segmento religioso bastante heterogêneo e não há um modo único de ser evangélico e de expressar essa fé. Dentro desse segmento, há uma disputa entre os diversos atores em suas dimensões política, teológica e identitária sobre o que é ser cristão, o que é ser evangélico e como estes e a igreja devem se posicionar politicamente frente aos dramas humanos. Este artigo tem por objetivo produzir uma análise socioantropológica sobre a articulação entre religião e política em torno dos evangélicos situados no campo da esquerda política. Para isso, nos debruçaremos sobre a atuação de alguns agentes (lideranças, coletivos, grupos e organizações) envolvidos diretamente nos embates das questões supracitadas. Analisaremos os discursos, as ações, os conflitos, bem como aspectos simbólicos envolvidos. Para alcançar os objetivos delimitados, faremos um levantamento bibliográfico, levantamento documental, entrevistas e visitas de campo.

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Biografia do Autor

  • Wallace Cabral Ribeiro, Universidade Federal Fluminense

    Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal Fluminense (PPGS-UFF), membro do Laboratório de Estudos Socioantropológicos em Política, Arte e Religião (LePar), autor do livro “Religião e Revolução: a sociologia da religião de Friedrich Engels” (2021).  

Referências

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Publicado

2023-09-05

Edição

Seção

Dossiê: "Religião, cultura e política entre o progressismo e o conservadorismo"

Como Citar

Ribeiro, W. C. (2023). “Nem todo evangélico é conservador”: religião e política entre evangélicos de esquerda no Brasil. Plural, 30(02), 300-324. https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2023.203782