Mapografias: arte, educação e resistência na produção de mapas com juventudes periféricas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2025.234997Palavras-chave:
Cartografia participativa;, Juventudes Periféricas, MapografiasResumo
O artigo examina metodologias participativas de produção cartográfica desenvolvidas pelo Grupo de Estudos Mapografias Urbanas (GeMAP/FAUUSP) junto à juventude na Ilha do Bororé e Jardim das Gaivotas, Zona Sul de São Paulo. Objetiva-se discutir como as práticas artísticas e educativas articulam mapeamentos afetivos e engajamento político de jovens periféricos, ressignificando espaços públicos negligenciados. A análise integra intervenções urbanas, como a criação coletiva de murais de memória e percursos paisagísticos que evidenciam contradições entre preservação ambiental e marginalização socioespacial. Métodos colaborativos como as oficinas de cartografia colaborativa destacam a construção de narrativas locais, traduzidas em mapas táteis e projeções luminosas. A abordagem metodológica, estruturada em três etapas — levantamento de dados, produção artística e compartilhamento comunitário —, prioriza a replicabilidade de tecnologias sociais e a valorização de saberes não acadêmicos. Conclui-se que essas práticas fortalecem o pertencimento territorial, transformando ruas em espaços pedagógicos e políticos, onde juventudes reivindicam o direito à cidade por meio de contranarrativas insurgentes.
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