Juventude e segregação urbana na cidade de São Paulo: os números da vulnerabilidade juvenil e a percepção musical dos rappers
DOI:
https://doi.org/10.11606/8qp5zw57Palavras-chave:
juventude, jovens, segregação urbana, rapResumo
A vida cotidiana dos jovens das camadas populares nas metrópoles brasileiras apenas recentemente tornou-se objeto de investigação entre os cientistas sociais. Os estudos pioneiros sobre a periferia realizados nas décadas de 1970-1980 (Sader, 1988, Telles, 1988) registraram uma multiplicidade de atores sociais, mas em nenhum momento referiram-se aos jovens enquanto um grupo social específico. O contexto era o da luta pela cidadania política articulada a reivindicações concretas: saneamento básico, legalização de terrenos clandestinos e transportes coletivos. Movimentos por saúde na Zona Leste, contra a carestia na Zona Sul, associação de moradores de bairro em diferentes espaços, inauguravam uma nova forma de atuação à margem dos partidos oficiais instituídos pelo regime ditatorial.
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