Da água, a palavra: uma reflexão sobre as relações entre cidade e cursos d’água em Salvaterra a partir da memória de seus habitantes
DOI:
https://doi.org/10.11606/nm0rmv86Palavras-chave:
Salvaterra, rios, água, imaginário, narrativaResumo
Este artigo tem por objetivo pensar as relações entre sociedade e cursos d’água na constituição urbana de uma pequena cidade do interior da Amazônia, Salvaterra. Partimos dos entrelaçamentos da memória e do imaginário de seus habitantes em torno do espaço das águas, suas paisagens e inúmeras significações, a fim de compreender a variedade e a riqueza da apreensão simbólico-prática relacionada aos rios em um ambiente urbano. Buscamos contribuir para o avanço da discussão a partir de uma perspectiva não dicotomizante entre os elementos terrestre e aquático. Salvaterra está localizada no Arquipélago do Marajó, envolvida em águas, teve sua vida cultural, econômica, política estruturada em torno do diálogo entre humanos e rios. Uma relação nem sempre harmoniosa, mas que constituiu um universo rico de imagens, narrativas, saberes e fazeres sobre o lugar habitado, a cidade que é aqui compreendida a partir da confluência, de uma co-extensão de terras e águas.
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