Pixação em Belo Horizonte: identidade e transgressão como apropriação do espaço urbano

Autores

  • Flávia Cristina Soares

DOI:

https://doi.org/10.11606/hk5w2f11

Palavras-chave:

identidade, transgressão, apropriação do espaço urbano

Resumo

O artigo apresenta uma breve contextualização em relação à forma como os Pixadores de Elite da cidade de Belo Horizonte se apropriam do espaço urbano. O grupo foi fundado em 1992 com o objetivo de divulgar a pixação na paisagem citadina. Dessa maneira, para esboçar a pesquisa, utilizou-se uma metodologia qualitativa através da observação participante, entrevistas semiestruturadas e análises de reportagens entre os anos de 1992 à 2013. De acordo com os resultados da investigação, observa-se uma distinção entre a formação do grupo nos anos 90 e 2000 e, por conseguinte, uma forma diferenciada para circular pela metrópole. O contexto permitiu verificar como os jovens constituem identidades, apropriam do espaço urbano e transgridem as leis através dos nomes pixados, tomando como perspectiva a cultura de rua, a segregação social e a distinção entre o espaço público e privado.

 

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Publicado

2013-07-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Soares, F. C. (2013). Pixação em Belo Horizonte: identidade e transgressão como apropriação do espaço urbano. Ponto Urbe, 12, 1-17. https://doi.org/10.11606/hk5w2f11