O olhar sobre o lugar: o Istmo de Olinda e Recife na visão dos memorialistas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.posfau.2019.162180Palabras clave:
Istmo de Recife e Olinda, Memoralistas, Representações, Preservação, EnunciadosResumen
O Istmo de Recife e Olinda, estreito caminho de terra entre o Rio Beberibe e o mar que até o começo do século XX conectou por terra essas duas cidades, foi ao longo do tempo lugar de intensas práticas sociais. A partir do século XX, tornou-se esquecimento. Este artigo busca, a partir da leitura das narrativas de memorialistas, identificar diferentes sentidos atribuídos ao Istmo ao longo do tempo, ou seja, diferentes formas de representação do lugar. Com a interpretação dos textos dos memorialistas, buscar-se-á entender os sentidos dados ao Istmo por cada um deles, ou seja, como o Istmo é enunciado. É válido ressaltar que não se pretende, com essa análise, proceder a uma narrativa histórica com rigor cronológico, mas entender as impressões deixadas pelo lugar em cada uma dessas pessoas e, por meio disso, compreender que significados tinha para a sociedade o Istmo em diferentes contextos históricos, sua memória e as razões de seu esquecimento. Desvelar esses sentidos atribuídos não deixa de ser também uma forma de abrir caminhos para a revisão do próprio processo de tombamento do Istmo pelo IPHAN que, ao desconsiderar a sua história, contribui também para o seu esquecimento pelas cidades que por séculos conectou.
Descargas
Referencias
BAERS, João. Olinda conquistada. Recife: Typographia de Laemmut & C, 1898.
BARLEUS, Gaspar. História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife, 1980.
BORBA FILHO, Hermilo. O Istmo de Olinda. Boletim da Cidade e do Porto do Recife, Recife, n. 15-18, p. 217-219, 1945.
CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Editora Difel, 1990.
DUSSEN, Adriaen Van Der. Relatório sobre as Capitanias Conquistadas no Brasil. v. 3. Rio de Janeiro, 1947.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1987.
REIS, Nestor Goulart. Imagens de vilas e cidades do Brasil colonial. São Paulo: Edusp, 2000.
GRAHAM, Maria. Diário de uma viagem ao Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1990.
KOSTER, Henry. Viagens ao Nordeste do Brasil. Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1978.
LAET, Joannes de. Historia ou Annaes dos Feitos da Companhia Privilegiada das Indias Occidentaes. Rio de Janeiro: Officinas Graphicas da Biblioteca Nacional, 1916.
LINS, Rachel Caldas. Um Tempo do Recife: alguns aspectos originais do sítio urbano do Recife. Recife: Editora Universitária, 1978.
PONTUAL, Virgínia; LIRA, Flaviana; CABRAL, Renata; AZEVEDO, Anna Elizabeth; MILFONT, Magna. Challenges at the interface of interpretation on the conservation of cultural heritage: the case of the Isthmus of Olinda and Recife - Brasil. In: INTERPRETING WORLD HERITAGE: CONNECTING PEOPLE TO PLACES THROUGH SUSTAINABLE HERITAGE TOURISM, 2006, San Juan, Porto Rico. Anais […]. San Juan: Association for Interpretation, 2006. p. 130-148.
RABELLO, Evandro. A Cruz do Patrão. Recife: Centro de Estudos Folclóricos, 1978.
ROSENDAHL, Zeny; CORRÊA, Roberto Lobato (org.). Paisagem, Tempo e Cultura. Rio de Janeiro: UERJ, 1998.
TOLLENARE, Louis François de. Notas Dominicais Tomadas Durante uma Viagem em Portugal e no Brasil. Recife: Jornal do Recife, 1905.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
La revista Pós. del programa de postgrado FAUUSP está licenciada con una licencia Creative Commons Attribution 4.0 International License.
El titular de los derechos de autor es el autor del artículo. La revista Pós. sólo exige que la publicación del artículo sea inédita. El autor tiene el derecho de divulgar su artículo según su conveniencia debiendo citar la revista.
La revista Pós. autoriza la republicación de sus artículos desde que debidamente citada fuente y autoría.
DIADORIM - Diretório de Políticas Editoriais