Do conjunto ajardinado ao conjunto parque: variações tipológicas na paisagem paulistana
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i20p106-121Palavras-chave:
Conjuntos de edifícios de padrão médio e alto, espaços livres de edificação, tipologia, São Paulo, arquitetura da paisagem, paisagem urbanaResumo
Há vários tipos de construção e vários tipos de espaços livres compondo e conformando a paisagem e o tecido urbano da cidade de São Paulo neste início do século 21. Uma das formas de habitação existentes é o conjunto de edifícios residenciais de padrão médio e alto. Parte desses conjuntos possui uma estrutura morfológica simples, com os edifícios paralelos ao alinhamento, jardim no recuo frontal, equipamentos e áreas de lazer nos recuos laterais e posterior. Outros contam com uma estrutura morfológica mais complexa, com maciços arbóreos, bosques, ruas de acesso aos edifícios e a topografia original parcialmente preservada. Existe de fato uma gradação no projeto desses espaços livres condominiais, que vai da configuração de áreas ajardinadas à configuração de parques privados, passando pela praça (caracterizada por seu desenho e pela distribuição dos edifícios) e pelo clube (com os equipamentos de esporte, lazer e recreação centralizados no lote). Essa gradação determina a variação tipológica dos conjuntos de médio e de alto padrão os quais integram a paisagem paulistana, sendo possível, portanto, falar em tipos de conjunto, apontando suas semelhanças, diferenças e hierarquias. Pretende-se apresentar uma tipologia desses condomínios, tendo como objeto de estudo seus espaços livres de edificação. Essa tipologia, no entanto, não se limita à análise dos aspectos formais, mas busca relacionar as características desses espaços à paisagem e à sociedade.Downloads
Referências
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