Em busca de um cinema simbiótico: Shun da equatoriana Sani Montahuano e Yollotl do mexicano Fernando Colin Roque
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1676-6288.prolam.2023.206924Palavras-chave:
Sani Montahuano, Fernando Colin Roque, Cineastas latino-americanos, Perspectivismo ameríndio, Cinema simbióticoResumo
Este artigo desenvolve uma análise comparativa entre os curtas-metragens Shun (2021), da cineasta equatoriana de nacionalidade indígena Sápara: Sani Montahuano, e Yollotl (2020) do cineasta mexicano Fernando Colin Roque. O estudo se insere nas discussões sobre a chamada virada ontológica a partir da ótica da arte e da visualidade, e conduz sua investigação assente na metodologia visual crítica, que inclui uma análise compositiva e uma análise interpretativa com base na descrição dos filmes e entrevistas com ambos os autores. Conclui-se que os dois curtas-metragens representam a possibilidade de um cinema simbiótico; um cinema cuja visualidade proponha uma simbiose inter-espécies a partir de um tratamento da câmara que assuma diversas perspectivas corpóreas e submersas, mostrando a inter-representação entre humanos e não-humanos. Sempre pensado como uma potencialidade, esse cinema poderia destacar o pensamento ameríndio como uma possível resposta à crise climática que afeta particularmente as populações e culturas empobrecidas e racializadas da América Latina.
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