Impasses no atendimento e assistência do migrante e refugiados na saúde e saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140015Resumo
Questões sobre atendimento à saúde são, atualmente, a porta de entrada dos direitos humanos e dos dispositivos de reconhecimento dos migrantes e refugiados. Entretanto, dependendo de como se entende a assistência a esse grupo pode ser gerado um "desreconhecimento" do sujeito. Impasses surgem ao se naturalizar a experiência migratória como fator de risco que leva à patologia psíquica. Quando o discurso sobre imigração é vinculado a formas específicas de sofrimento psíquico, corre-se o risco de medicalização da experiência migratória e controle farmacológico de problemas que podem ser sociais, políticos ou econômicos. Um desafio é a formação de trabalhadores no atendimento à saúde física e mental dos migrantes para dar suporte ao encontro: é necessário compreender a representação da saúde e da doença no contexto de origem e as especificidades atuais de vida dessas pessoas sem estereotipar a condição de migrante ou refugiado nem silenciar a singularidade do sujeito.
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