O Sonho e a Literatura

Autores

  • Adélia Bezerra de Meneses Universidade de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.1590/psicousp.v11i2.108116

Palavras-chave:

Sonho. Poesia. Literatura grega.

Resumo

A proposta é abordar não só o significado de que se revestem as produ­ ções oníricas no mundo grego, mas a congenialidade entre sonho e Literatura. Com efeito, tanto no sonho como na poesia, domínios do Mythos e não do Logos, colocam-se em ação energias cognitivas do inconsciente. Na Grécia, onde, como todos sabemos, o sonho tem valor oracular, as funções de adivinho e de poeta se sobrepõem, na capacidade de enxergar para além das aparências sensíveis, de ver o que Walter Benjamín chama de “semelhanças invisíveis. ” Há questões que, de Homero e Esquilo a Artemidoro de Daldis, passando por Aristóteles, perpassam o pensamento (e a vivência) dos gregos, e que nos acostumamos creditar à Psicanálise: a relação da fantasia com o desejo, a sensorialidade da imaginação, o privilégio do significante, a eficácia da palavra (à qual é atribuído um explícito valor terapêutico), a importância fulcral da analogia (tanto na produção como na interpretação de sonhos e poesia), etc, etc. Finalmente, um último item dirá respeito à historicidade do símbolo e à existência de “arquétipos culturais"

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Biografia do Autor

  • Adélia Bezerra de Meneses, Universidade de São Paulo.
    Professora de Teoria Literária - USP/UNICAMP

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Publicado

2000-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais