Quem testemunha pelas testemunhas? Traumatismo e sublimação em Primo Levi

Autores

  • Maria Nadeje Pereira Barbosa Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia; Departamento de Psicologia Clínica
  • Daniel Kupermann Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia; Departamento de Psicologia Clínica

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564D20150013

Resumo

Pretende-se, neste artigo, analisar as relações entre o traumatismo e a sublimação a partir da análise da produção testemunhal, literária, poética e autobiográfica de Primo Levi. Partindo da distinção, proposta por Freud, acerca dos efeitos positivos e negativos do traumatismo, demonstra-se, através do estudo da obra de Primo Levi, incluindo suas entrevistas, que é possível sublimar, a partir das experiências traumáticas, articulando, assim, traumatismo e sublimação. Entretanto, admite-se que o alcance da sublimação de Primo Levi no decorrer das décadas tenha sido insuficiente, sublinhando um hiato que marca o retorno do real traumático. O trabalho finaliza com alguns questionamentos acerca do lugar da Psicanálise na leitura de fenômenos humanos que transbordam a capacidade humana de significância.

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Publicado

2016-04-01

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Quem testemunha pelas testemunhas? Traumatismo e sublimação em Primo Levi . (2016). Psicologia USP, 27(1), 31-40. https://doi.org/10.1590/0103-6564D20150013