Reprodução medicamente assistida: paradoxo, ética e destino

Autores

  • Karine Xavier Cavalcante Ferreira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564e170147

Palavras-chave:

ciência, psicanálise, lógica, reprodução assistida, filosofia

Resumo

O objetivo deste artigo é construir um estudo comparativo entre a clínica psicanalítica e a médica, referente a quem elas se destinam, o paradoxo derivado de suas bases epistemológicas e o destino dado a este paradoxo. Trazemos para o contexto os discursos do campo clínico da medicina reprodutiva no Brasil, em especial o texto regulador das práticas de reprodução com materiais doados e duas críticas oriundas da esfera jurídica. Na primeira parte, a comparação entre métodos clínicos considera que, apesar do compartilhamento de bases epistemológicas comuns, as clínicas concebem, de formas distintas, a lógica de funcionamento daquele a quem destinam sua prática. Todavia a atual regulação das práticas clínicas de reprodução assistida expõe um paradoxo referente ao processo de filiação parental, que implica as bases epistemológicas médicas e psicanalíticas, com efeitos em suas práticas. Na segunda parte do artigo, compararemos os diferentes destinos dados a este paradoxo.

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Biografia do Autor

  • Karine Xavier Cavalcante Ferreira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Publicado

2022-09-16

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Reprodução medicamente assistida: paradoxo, ética e destino. (2022). Psicologia USP, 31, e170147. https://doi.org/10.1590/0103-6564e170147