“Sua Majestade, o perverso”: domínio e onipotência nas perversões
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-6564e180138Palavras-chave:
teoria psicanalítica, perversão, narcisismoResumo
Este artigo pretende explorar as bases narcísicas da perversão para mostrar que a problemática perversa tem em seu fundamento um ego narcisicamente ferido, que precisa manter-se ilusoriamente unificado, afirmandose em sua onipotência infantil. Na base do funcionamento narcísico dos sujeitos perversos, reside um objeto interno “indomável”, de modo que toda manobra do perverso se configura como movimento extremo para dominálo e exercer o controle onipotente sobre ele. Diante da impossibilidade de se dominar internamente este objeto “encravado”, o sujeito acaba por tentar exercer o domínio ativo do objeto externo, tornado sua presa, seu cúmplice.
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