Ninguém é tão perfeito que não precise ser editado: fetiche e busca do corpo ideal
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-6564e190113Palavras-chave:
corpo ideal, imagem do corpo, fetiche, formação de grupos, redes sociaisResumo
Este artigo problematiza o aspecto fetichista da imagem do corpo ideal a partir da discussão do calendário de uma clínica de nutrição e estética. Discute-se a dinâmica de formação de massas, conforme a teoria freudiana, para pensar como um padrão de corpo perfeito pode ser eleito como ideal a ser alcançado por indivíduos nas sociedades contemporâneas. A lógica do mercado sustenta a imagem dos corpos ditos perfeitos na posição de fetiche e oferece acesso a essa suposta conquista por meio de produtos e serviços que trariam plenitude. Tal estratégia busca velar a castração oferecendo um substituto palpável que nega a falta e afirma a completude do outro, sustentando uma legião de pessoas que se envolve numa busca quase compulsiva pela realização desse ideal.
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