O lugar dos ensaios clínicos aleatorizados na pesquisa em psicoterapia: uma crítica epistemológica

Autores

  • Thiago Pacheco de Almeida Sampaio Universidade de São Paulo-USP
  • Francisco Lotufo Neto Universidade de São Paulo-USP

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564e200015

Palavras-chave:

ensaio clínico randomizado, práticas baseadas em evidências, epistemologia, pragmatismo, behaviorismo

Resumo

O Ensaio Clínico Aleatorizado (ECA) é considerado o tipo de desenho metodológico com maior poder de verificação da eficácia das psicoterapias. Entretanto, especialmente a partir da segunda metade do século XX, muitas críticas direcionadas às concepções epistemológicas subjacentes às ditas “ciências duras” atingiram também, no âmbito das ciências da saúde, os estudos que adotavam esse desenho. Este artigo é uma reflexão crítica sobre algumas das objeções feitas aos ECAs, avaliando de que maneira e até que ponto estes poderiam se configurar como estratégia válida de investigação científica no contexto crítico apontado. Conclui-se que o ECA pode e deve ser utilizado – desde que em contexto crítico – por seu valor pragmático, enquanto produtor de predições e intervenções capazes de solucionar problemas clínicos, inevitavelmente definidos e estabelecidos a partir do ponto de vista particular de uma comunidade.

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Biografia do Autor

  • Thiago Pacheco de Almeida Sampaio, Universidade de São Paulo-USP

    Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia. São Paulo, SP, Brasil

  • Francisco Lotufo Neto, Universidade de São Paulo-USP

    Universidade de São Paulo, Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina. São Paulo, SP, Brasil

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Publicado

2021-11-08

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O lugar dos ensaios clínicos aleatorizados na pesquisa em psicoterapia: uma crítica epistemológica. (2021). Psicologia USP, 32, e200015. https://doi.org/10.1590/0103-6564e200015