¿Qué puede hacer una cámara en sesiones psicoanalíticas con niños con rasgos autistas?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-6564e210030

Palabras clave:

autismo, psicoanálisis, objeto de mediación, objeto tutor, objeto autista

Resumen

La pregunta central que guía este trabajo gira en torno de la posibilidad de una cámara cinematográfica, un objeto inicialmente utilizado con fines metodológicos, para ser utilizada en sesiones terapéuticas. El objetivo es presentar y discutir las repercusiones y posibilidades relacionadas con la presencia de una cámara en la atención a casos de cierre autista en un Programa de Intervención Temprana, desde una perspectiva psicoanalítica. Se trata de una investigación clínico cualitativa, con análisis de contenido, a partir de viñetas clínicas de tres casos de niños, con edades de entre 2 y 3 años. Se discuten tres enfoques sobre los usos y tipos de objetos pertenecientes al universo de un bebé para observar si esto podría ayudar en la clínica del autismo: el objeto transicional, el objeto tutor y el objeto mediador. Se considera que la cámara promovió y sostuvo importantes encuentros intersubjetivos y el despertar de la atención de niños previamente poco interesados en lo que se les ofrecía, inaugurando un espacio de coconstrucción e interjuego.

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Publicado

2024-08-19

Número

Sección

Artículos

Cómo citar

¿Qué puede hacer una cámara en sesiones psicoanalíticas con niños con rasgos autistas?. (2024). Psicologia USP, 35. https://doi.org/10.1590/0103-6564e210030