¿Qué puede hacer una cámara en sesiones psicoanalíticas con niños con rasgos autistas?
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-6564e210030Palabras clave:
autismo, psicoanálisis, objeto de mediación, objeto tutor, objeto autistaResumen
La pregunta central que guía este trabajo gira en torno de la posibilidad de una cámara cinematográfica, un objeto inicialmente utilizado con fines metodológicos, para ser utilizada en sesiones terapéuticas. El objetivo es presentar y discutir las repercusiones y posibilidades relacionadas con la presencia de una cámara en la atención a casos de cierre autista en un Programa de Intervención Temprana, desde una perspectiva psicoanalítica. Se trata de una investigación clínico cualitativa, con análisis de contenido, a partir de viñetas clínicas de tres casos de niños, con edades de entre 2 y 3 años. Se discuten tres enfoques sobre los usos y tipos de objetos pertenecientes al universo de un bebé para observar si esto podría ayudar en la clínica del autismo: el objeto transicional, el objeto tutor y el objeto mediador. Se considera que la cámara promovió y sostuvo importantes encuentros intersubjetivos y el despertar de la atención de niños previamente poco interesados en lo que se les ofrecía, inaugurando un espacio de coconstrucción e interjuego.
Descargas
Referencias
Asnis, V. P., & Elias, N. C. (2019). Aprendizado musical e diminuição de estereotipias em crianças com autismo – estudo de caso. In D. H. A. Machado, & J. Cazini (Orgs.), Inclusão e Educação 3 (pp. 60-68). Ponta Grossa, PR: Atena.
Bialer, M. (2015). O apoio no duplo autístico na construção do imaginário no autismo. Estilos da Clínica, 20(1), 92-105. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v20i1p92-105
Bauer, M. W., & Gaskell, G. (Eds.). (2003). Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: Um manual prático (2a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Carvalho, G. M. M., & Melo, M. F. V. (2018). Ecolalia e música: a linguagem no autismo. Revista do GEL, 15(1), 63-84. https://doi.org/10.21165/gel.v15i1.1813
Dolto, F. (2007). As etapas decisivas da infância. São Paulo, SP: Martins Fontes.
Freire, M. H., & Parizzi, M. B. P. (2015). As relações dos efeitos terapêuticos da Musicoterapia Improvisacional e o desenvolvimento musical de crianças com autismo. Revista Nupeart, 14(2), 46-55. https://doi.org/10.5965/2358092514142015046
Freud, S. (2010). Além do princípio do prazer. In História de uma neurose infantil: ("O homem dos lobos"), além do princípio do prazer e outros textos (1917-1920) – Obras Completas (Vol. 10, pp. 161-240). São Paulo, SP: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1920)
Garcez, A., Duarte, R., & Eisenberg, Z. (2011). Produção e análise de vídeogravações em pesquisas qualitativas. Educação e Pesquisa, 37(2), 249-261. https://doi.org/10.1590/S1517-97022011000200003
Guerra, V. (2017). Simbolização e objetos na vida psíquica: os objetos tutores. Jornal de Psicanálise, 50(92), 267-287. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/jp/v50n92/v50n92a21.pdf
Jerusalinsky, J. (2014). A criação da criança: Brincar, gozo e fala entre a mãe e o bebê (2a ed.). Salvador, BA: Ágalma.
Klinger, E. F., & Souza, A. P. R. (2015). Análise clínica do brincar de crianças do espectro autista. Distúrbios da Comunicação, 27(1), 15-25. Recuperado de https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/psi-63576
Lacan, J. (1998). O estádio do espelho como formador da função do eu. In Escritos (pp. 96-103). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1949)
Laurent, E. (2014). A batalha do autismo: Da clínica à política. Rio de Janeiro, RJ: Zahar.
Laznik, M. C. (2004). A voz da sereia: o autismo e os impasses na constituição do sujeito. Salvador, BA: Ágalma.
Llabador, G. (2018). A terapia de Hélène e/com a câmera. In C. Hoffmann, & J. C. Cavalheiro (Orgs.), Marcas da singularidade e da diferença: O que as crianças e os adolescentes nos revelam (pp. 153-161). São Paulo, SP: Instituto Langage.
Lucero, A., & Vorcaro, A. (2015). Os objetos e o tratamento da criança autista. Fractal: Revista de Psicologia, 27(3), 310-317. https://doi.org/10.1590/1984-0292/931
Lucero, A., Imperial, R. T., Rosi, F. S., Gonçalves, L. G., Gava, M., Bersot, M., & Santos, J. L. G. (2021). O uso de objetos e filmagem no tratamento psicanalítico em grupo de crianças autistas. Psicologia USP, 32, e180201. https://doi.org/10.1590/0103-6564e180201
Muratori, F., & Maestro, S. (2007). Early signs of autism in the first year of life. In S. Acquarone (Ed.), Signs of autism in infants: Recognition and early intervention (pp. 46-62). London: Routledge.
Maleval, J. C. (2009a). Os objetos autísticos complexos são nocivos?. Psicologia em Revista, 15(2), 223-254. Recuperado de http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/897
Maleval, J. C. (2009b). Qual o tratamento para o sujeito autista?. Revista Inter-Ação, 34(2), 405-452. https://doi.org/10.5216/ia.v34i2.8504
Martins, A. D. F., & Góes, M. C. R. (2013). Um estudo sobre o brincar de crianças autistas na perspectiva histórico-cultural. Psicologia Escolar e Educacional, 17(1), 25-34. https://doi.org/10.1590/S1413-85572013000100003
Orrado, I., & Vives, J.-M. (2016). L’objet de médiation: Du transi au transit. Évolution psychiatrique, 81(4), 919-926. https://doi.org/10.1016/j.evopsy.2015.12.009
Paravidini, J. L. L., Próchno, C. C. S. C., Perfeito, H. C. C. S., & Chaves, L. S. (2009). Atendimento psicoterapêutico conjunto pais-crianças: Espaço de circulação de sentidos. Estilos da Clínica, 14(26), 90-105. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v14i26p90-105
Pimenta, P. R. (2012). O objeto autístico e sua função no tratamento psicanalítico do autismo (Tese de doutorado). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Recuperado de https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUBD-9V5PRZ
Rodulfo, R. (1990). O brincar e o Significante: Um estudo psicanalítico sobre a constituição precoce. Porto Alegre, RS: Artes Médicas.
Roudinesco, E., & Plon, M. (1998). Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Sadalla, A. M. F. A., & Larocca, P. (2004). Autoscopia: um procedimento de pesquisa e de formação. Educação e Pesquisa, 30(3), 419-433. https://doi.org/10.1590/S1517-97022004000300003
Saint-Georges, C., Cassel, R. S., Cohen, D., Chetouani, M., Laznik, M.-C., Maestro, S., & Muratori, F. (2010). What studies of family home movies can teach us about autistic infants: A literature review. Research in Autism Spectrum Disorders, 4(3), 355-366. https://doi.org/10.1016/j.rasd.2009.10.017
Silva, D. Q. da (2013). A pesquisa em psicanálise: o método de construção do caso psicanalítico. Estudos de Psicanálise, (39), 37-45. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372013000100004
Turato, E. R. (2000). Introdução à Metodologia da Pesquisa Clínico-Qualitativa: Definição e Principais Características. Revista Portuguesa de Psicossomática, 2(1), 93-108. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/287/28720111.pdf
Winnicott, D. W. (1975). O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro, RJ: Imago.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Psicologia USP

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Todo o conteúdo de Psicologia USP está licenciado sob uma Licença Creative Commons BY-NC, exceto onde identificado diferentemente.
A aprovação dos textos para publicação implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista Psicologia USP, que terá a exclusividade de publicá-los primeiramente.
A revista incentiva autores a divulgarem os pdfs com a versão final de seus artigos em seus sites pessoais e institucionais, desde que estes sejam sem fins lucrativos e/ou comerciais, mencionando a publicação original em Psicologia USP.
