Memes autodepreciativos e o humor suicida: uma revisão de literatura e análise de imagens
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-6564e240108Palavras-chave:
saúde mental, redes sociais, sofrimentoResumo
Este trabalho propõe, por meio de uma revisão bibliográfica e de uma análise de imagens, um estudo dos memes considerados autodepreciativos e do humor com conotações suicidas, considerando a sociedade atual e suas demandas como preceptores desse fenômeno presente grandemente nas gerações Y e Z. Após o estudo, entendemos o compartilhamento de memes autodepreciativos como uma válvula de escape das cobranças constantes por felicidade e produtividade que operam no capitalismo, em que indivíduos que se encontram em estados depressivos podem sentir-se acolhidos e representados pela identificação presente nos memes, ou ainda mais desesperançosos com o mundo e com o futuro.
Downloads
Referências
Almeida, C. S. (2015). Legendas e intermediação: humor e sensibilidade em tradução (Dissertação de mestrado). Universidade de Brasília, Brasília.
Azevedo, D. (2016). Online full time: a sociabilidade das gerações Y & Z no cotidiano tecnológico (Dissertação de mestrado). Universidade Federal Fluminense, Niterói.
Bauer, M. W., & Gaskell, G. (Eds.). (2003). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: manual prático. Petrópolis, RJ: Vozes.
Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro, RJ: Zahar.
Bauman, Z. (2011). 44 cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro, RJ: Zahar.
Baumeister, R. F., & Leary, M. R. (1997). Writing narrative literature reviews. Review of General Psychology, 1(3), 311-320.
Beck, A. T., & Alford, B. A. (2011). Depressão: causas e tratamento (2a ed.). Porto Alegre, RS: Artmed.
Bilsen, J. (2018). Suicide and youth: risk factors. Frontiers in Psychiatry, 9, 1-9. doi: 10.3389/fpsyt.2018.00540
Braga, B. (2018). Um protótipo didático para o multiletramento com gênero meme para um nono ano (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual de Maringá, Maringá.
Calixto, D. O. (2019). Memes na internet: entrelaçamentos entre a zoeira de estudantes e a apropriação do gênero discurso na escola. Periferia, 11(2), 131-152.
Carvalho, N. C. O. (2017). Millennials: quem são e o que anseiam os jovens da geração Y (Trabalho de conclusão de curso). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Cirilo, R. S. (2019). Hiperconectados: perfil e comportamento dos nativos digitais (Dissertação de mestrado). Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo.
Dawkins, R. (2007). O gene egoísta. São Paulo, SP: Companhia das Letras.
DeMaria, C. O. (2022). Da passagem ao ato à entrada em cena na internet: o caso Yoñlu e o compartilhamento do suicídio pelos adolescentes nas redes sociais (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Dias, A. R. M., Castilho, K. C., & Silveira, V. S. (2018). Uso e interpretação de imagens e filmagens em pesquisa qualitativa. Ensaios Pedagógicos, 2(1), 81-88. doi: 10.14244/enp.v2i1.66
Dias, F., Teles, N., Karime, P., & Grohmann, R. (2015). Memes, uma meta-análise: Proposta a um estudo sobre as reflexões acadêmicas do tema. In 38º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (pp. 1-15), Rio de Janeiro, RJ.
Fink, A. (2014). Conducting research literature reviews: from the internet to paper. Cham: Sage.
Fonseca, M. B. (2016). Humor e psicoterapia (Dissertação de mestrado). Universidade de Brasília, Brasília.
Green, B. N., Johnson, C. D., & Adams, A. (2006). Writing narrative literature reviews for peer-reviewed journals: secrets of the trade. Journal of Chiropractic Medicine, 5(3), 101-117. doi: 10.1016/S0899-3467(07)60142-6
Han, B.-C. (2019). Sociedade do cansaço (2a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Hart, C. (1998). Doing a literature review: releasing the social science research imagination. Cham: Sage.
Kierkegaard, S. (1991). O conceito de ironia: constantemente referido a Sócrates. Petrópolis, RJ: Vozes.
Moraes, L. U., Pereira, M. S., & Francescantonio, P. L. C. (2023). Síndrome depressiva: as bases do diagnóstico sindrômico. São Paulo, SP: Editora Científica Digital.
Oliveira Neta, J. P. (2017). Por uma tipologia dos memes da internet. XII PÓSCOM. Rio de Janeiro, RJ: Entremeios.
Oliveira, M. L. S. (2008). A ironia como produção de humor e crítica social: uma análise pragmática das tiras de Mafalda (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória.
Pádua, C. G. S. (2022). A semiótica dos memes autodepreciativos (Dissertação de mestrado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Possenti, S. (2014). Humor, língua e discurso. São Paulo, SP: Contexto.
Quevedo, J., Nardi, A. E., & Silva, A. G. (2018). Depressão: teoria e clínica. Porto Alegre, RS: Artmed.
Randolph, J. J. (2009). A guide to writing the dissertation literature review. Practical Assessment, Research & Evaluation, 14(13), 1-13.
Raskin, V. (1985). Semantic mechanisms of humour. Dordrecht: D. Reidel.
Rojas, E. (1996). O homem moderno: A luta contra o vazio. São Paulo, SP: Mandarim.
Shifman, L. (2014). Memes in digital culture. Boston: MIT Press.
Silva, W. P. O. (2022). Desenvolvimento geracional: Um estudo sobre as gerações baby boomer, x, y e z e os conflitos existentes entre elas (Trabalho de conclusão de curso). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Três Rios.
Turner, A. (205). Generation Z: technology and social interest. Journal of Individual Psychology, 71(2), 103-113. doi: 10.1353/jip.2015.0021
Uchoa, S. A. O., Oliveira, S. A. A., Silva, H. M. L. S., & Oliveira, G. F. (2018). Humor e Significação: revisitando bases teóricas. Id on Line. Revista de Psicologia, 12(42), 22-37. doi: 10.14295/idonline.v12i42.1295
Vultaggio, G. (2023). The most anxious generation: The relationship between gen z students, social media, and anxiety (Tese de doutorado). University Of New York At New Paltz, New York.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Psicologia USP
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo de Psicologia USP está licenciado sob uma Licença Creative Commons BY-NC, exceto onde identificado diferentemente.
A aprovação dos textos para publicação implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista Psicologia USP, que terá a exclusividade de publicá-los primeiramente.
A revista incentiva autores a divulgarem os pdfs com a versão final de seus artigos em seus sites pessoais e institucionais, desde que estes sejam sem fins lucrativos e/ou comerciais, mencionando a publicação original em Psicologia USP.
