Estresse profissional, síndrome de burnout e correlações pandêmicas
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-6564e230185Palavras-chave:
estresse, burnout, psicologia organizacional, saúde mentalResumo
Este ensaio visa diferenciar o estresse ocupacional da síndrome de burnout, bem como correlacionar os dois aspectos com o contexto pandêmico provocado pelo coronavírus (covid-19), entre 2020 e 2022. Partiu-se de um levantamento bibliográfico para conceituar os dois termos, bem como identificar seus sintomas, instrumentos utilizados para seu diagnóstico, para então discutir a sua possível manifestação em função da necessidade de adaptação laboral e domiciliar por conta do isolamento social decorrente do covid-19. Embora ambos os aspectos tragam sofrimento psíquico e interfiram afetiva e socialmente na vida dos indivíduos, apresentam diferenças, o que exige um posicionamento peculiar do profissional de Psicologia em seu cotidiano organizacional.
Downloads
Referências
Abílio, L. C. (2020). Uberização: a era do trabalhador just-in-time? Estudos Avançados, 34(98), 111-126. doi: 10.1590/S0103-4014.2020.3498.008
Ahola, K., Honkonen, T., Virtanen, M., Aromaa, A., & Lönnqvist, J. (2008). Burnout in relation to age in the adult working population. Journal of Occupational Health, 50(4), 362-365. doi: 10.1539/joh.M8002
Bezerra, C. M. B., Silva, K. K. M., Aquino, A. S. F., & Martino, M. M. F. (2019). Instrumentos verificadores de estresse e da síndrome de burnout: revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual In Derme, 79. Recuperado de https://revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/339?utm_source=chatgpt.com
Cardoso, W. L. C. D. (2003). Qualidade de vida e trabalho: uma articulação possível. In L. A. M. Guimarães, & S. Grubits (Eds.), Saúde mental e trabalho (3a ed., pp. 89-116). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Custódio, E. M. (2002). Avaliação psicológica: conceitos, métodos e estudos de validade. In J. A. D. Silva (Org.), Psicodiagnóstico (pp. 27-38). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Dejours, C. (1992). A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho (5a ed.). São Paulo, SP: Cortez.
Eccles, R. G., Ioannou, I., & Serafeim, G. (2014). The Impact of Corporate Sustainability on Organizational Processes and Performance. Management Science, 60(11), 2835-2857. doi: https://dx.doi.org./10.1287/mnsc.2014.1984.
Enriquez, E. (2006). O homem do século XXI: sujeito autônomo ou indivíduo descartável. RAE eletrônica, 5(1). Recuperado de https://www.scielo.br/j/raeel/a/Rq474m7CnFTX4KQsNcskF3j/?format=pdf&lang=pt
Ferreira, P., & Santos, C. (2010). Avaliação psicológica no contexto organizacional: estresse e síndrome de burnout. Psicologia: Ciência e Profissão, 30(3), 542-555.
Garrosa-Hernández, E., Benevides-Pereira, A. M. T., Moreno-Jiménez, B., & González, J. L. (2002). Prevenção e intervenção na síndrome de burnout. Como prevenir (ou remediar) o processo de burnout. In A. M. T. Benevides-Pereira (Org.), Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador (pp. 227-272). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Gazzotti, A. A., & Vasques-Menezes, I. (1999). Suporte afetivo e o sofrimento psíquico em burnout. In W. Codo (Org.), Educação: carinho e trabalho (pp. 261-266). Rio de Janeiro, RJ: Vozes.
Gil-Monte, P. R., Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2010). Validação da versão brasileira do Cuestionario para la Evaluación del Síndrome de Quemarse por el Trabajo em professores. Revista de Saúde Pública, 44(1), 140–147. doi: 10.1590/S0034-89102010000100015
Helman, C. G. (2009). Cultura, saúde e doença. Porto Alegre, RS: Artmed.
Judge, T. A., & Bono, J. E. (2001). Relationship of core self-evaluations traits self-esteem, generalized self-efficacy, locus of control, and emotional stability—with job satisfaction and job performance: a meta-analysis. Journal of Applied Psychology, 86(1), 80-92. doi: 10.1037/0021-9010.86.1.80
Kalimo, R. (2000). The challenge of changing work and stress for human resources. The case of Finland. Journal of Tokyo Medical University, 58(3), 349-356. Recuperado de https://tmu.repo.nii.ac.jp/record/6785/files/toidaishi058030349.pdf
Linhart, D. (2014). Modernização e precarização da vida no trabalho. In R. Antunes (Org.), Riqueza e miséria do trabalho no Brasil III (pp. 13-50). São Paulo, SP: Boitempo.
Lipp, M. E. N. (2003). O modelo quadrifásico do stress. In M. E. N. Lipp (Ed.), Mecanismos neuropsicofisiológicos do stress: teorias e aplicações clínicas (pp. 17-22). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Lipp, M. E. N. (2022). O inventário de sintomas do stress para adultos de Lipp (ISSL). São Paulo, SP: Nila Press.
Maslach, C., & Jackson, S. E. (1981). The measurement of experienced burnout. Journal of Occupational Behavior, 2(2), 99-113. doi: 0.1002/job.4030020205
Maslach, C., Jackson, S. E., & Leiter, M. P. (1996). Maslach Burnout Inventory manual (3rd ed.). Palo Alto: Consulting Psychologists Press.
Maslach, C., & Leiter, M. P. (2016). Understanding the burnout experience: recent research and its implications for psychiatry. World Psychiatry, 15(2), 103-111. doi: 10.1002/wps.20311
Medeiros, M. H. R. (2010). O sofrimento mental no trabalho: diferentes olhares. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 10(1). Recuperado de https://cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/222
Organização Mundial de Saúde. (2022). QD85 Burn-out. Genebra, Suíça: OMS. Recuperado de https://icd.who.int/browse11/l-m/en#/http://id.who.int/icd/entity/129180281
Pfefferbaum, B., & North, C. S. (2020). Mental health and the Covid-19 pandemic. The New England Journal of Medicine, 383(6), 510-512. doi: 10.1056/NEJMp2008017
Resolução nº 007, de 14 de junho de 2003: Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP º 17/2002. Conselho Federal de Psicologia. Recuperado de https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf
Resolução nº 09, de 25 de abril de 2018: Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI e revoga as Resoluções n° 002/2003, nº 006/2004 e n° 005/2012 e Notas Técnicas n° 01/2017 e 02/2017. Conselho Federal de Psicologia. Recuperado de https://satepsi.cfp.org.br/docs/ResolucaoCFP009-18.pdf
Ribeiro, B. M. dos S. S., Rossato, L., & ScorsoliniComin, F. (2021). Burnout em docentes do ensino superior no período da pandemia da COVID19: reflexões com estudantes de enfermagem. Revista Thema, 20(Especial), 239-251. Recuperado de https://repositorio.usp.br/item/003164855
Sá, S. M. N., & Lemos, M. C. M. (2007). A importância em identificar a síndrome de burnout no docente visando a manutenção da saúde e da profissão. I Congresso de Educação UNIPAN: desafio da formação humana. Recuperado de https://jmcpereira.files.wordpress.com/2009/10/a-importancia-em-identificar-a-sindrome-de-burnout-no-docee280a6.pdf
Sisto, F. F., Baptista, M. N., & Noronha, A. P. (2007). Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT). São Paulo, SP: Vetor Editora.
Tajfel, H. (2010). Social identity and intergroup relations. Cambridge: Cambridge University Press.
Tamayo, A., & Tróccoli, B. T. (2009). Burnout: conceitos, fatores antecedentes e conseqüências. In A. Tamayo & M. R. B. Silva (Orgs.), Burnout: fundamentos e pesquisa (pp. 29-54). Petrópolis, RJ: Vozes.
Trigo, T. R., Teng, C. T., & Hallak, J. E. C. (2007). Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), 34(5), 223-233. doi: 10.1590/S0101-60832007000500004
Vieira, I. (2010). Conceito(s) de burnout: questões atuais da pesquisa e a contribuição da clínica. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 35(122), 269-276. doi: 10.1590/S0303-76572010000200009
Wiltenburg, D. C. D. (2009). Síndrome de burnout: conhecer para prevenir-se, uma intervenção necessária [Artigo para o Programa de Desenvolvimento da Educação, Secretaria de Estado da Educação, São Mateus do Sul]. Recuperado de http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2338-8.pdf
Zanelli, J. C. (2002). O psicólogo nas organizações de trabalho. Porto Alegre, RS: Artmed.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Psicologia USP

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo de Psicologia USP está licenciado sob uma Licença Creative Commons BY-NC, exceto onde identificado diferentemente.
A aprovação dos textos para publicação implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista Psicologia USP, que terá a exclusividade de publicá-los primeiramente.
A revista incentiva autores a divulgarem os pdfs com a versão final de seus artigos em seus sites pessoais e institucionais, desde que estes sejam sem fins lucrativos e/ou comerciais, mencionando a publicação original em Psicologia USP.
