Contribuições da teoria histórico-cultural para o processo de avaliação psicoeducacional

Autores

  • Marilda Gonçalves Facci Universidade Estadual de Maringá
  • Nádia Mara Eidt Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Silvana Calvo Tuleski Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000100008

Palavras-chave:

Psicologia educacional, Avaliação psicológica, Testes psicológicos

Resumo

Este artigo objetiva apresentar contribuições da psicologia histórico-cultural para a análise crítica da avaliação psicoeducacional tradicional e postular os fundamentos para uma nova modalidade avaliativa. Tal proposta se justifica mediante a atual revitalização do uso das testagens padronizadas para mensuração de funções psicológicas, devido à vulgarização da neuropsicologia. Historicamente, os testes padronizados têm servido como instrumento para atestar cientificamente a ideologia da igualdade entre os homens na sociedade capitalista que se mantém pela expropriação e exclusão. Além disso, existe forte tendência a esperar que seus resultados expliquem a inteligência como inata ou considerem as predisposições hereditárias para aprender, o que se contrapõe à compreensão de que funções mentais são formadas no processo de desenvolvimento histórico-social, mediante a apropriação da cultura humana. É necessário, portanto, uma avaliação que considere as mediações sociais (instrumentos e signos) como constituintes das funções psicológicas, promovendo desenvolvimento de todos os indivíduos e não legitimação da exclusão social.

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Publicado

2006-03-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Contribuições da teoria histórico-cultural para o processo de avaliação psicoeducacional. (2006). Psicologia USP, 17(1), 99-124. https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000100008