Possibilidades éticos-estéticas da perversão: a sexualidade perverso-polimorfa como prática de liberdade em Marcuse

Autores

  • Leomir Cardoso Hilário Universidade Federal de Sergipe; Departamento de Psicologia; Núcleo de Pós-Graduação em Psicologia Social
  • Eduardo Leal Cunha Universidade Federal de Sergipe; Departamento de Psicologia; Núcleo de Pós-Graduação em Psicologia Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642012005000005

Palavras-chave:

Marcuse (Herbert), Psicanálise, Perversão, Transgressão

Resumo

Este artigo visa explorar a compreensão ético-estética do fenômeno perverso realizada por Marcuse em Eros e Civilização. No registro ético, destacamos o caráter necessariamente moral da categoria de perversão e seu vínculo com a normatização da experiência sexual, com a disciplinarização e controle dos corpos, no quadro da leitura foucaultiana do biopoder, situando Marcuse como crítico de tais processos em sua ligação com o modo de produção capitalista. No segundo registro, da estética, expomos como Marcuse, através da reconfiguração da relação entre Eros e Logos e da afirmação de um ethos estético, propõe que a perversão sexual implica a contestação da ordem vigente e a produção de novos modos de relações consigo e com os outros, em contraste com a regulação instrumental do erotismo. Por fim, indicamos como o campo de possibilidades aberto por Marcuse no domínio da transgressão aponta para a necessidade de retomar criticamente a categoria de perversão.

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Publicado

2012-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Possibilidades éticos-estéticas da perversão: a sexualidade perverso-polimorfa como prática de liberdade em Marcuse. (2012). Psicologia USP, 23(2), 303-326. https://doi.org/10.1590/S0103-65642012005000005