A família narrada por crianças e adolescentes de rua: a ficção como suporte do desejo
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-65642003000100005Palavras-chave:
Subjetividade, Representação mental em crianças, Estrutura familiar, Meninos de ruaResumo
Fundamentando-se na perspectiva teórica fornecida pela psicanálise de orientação lacaniana, busca-se investigar a representação familiar em narrativas orais de ficção, produzidas por uma criança e um adolescente de rua. Parte-se do princípio de que o discurso narrativo configura-se como locus privilegiado para a instalação da subjetividade. No discurso narrativo de ficção, em especial, a verdade do sujeito irrompe à sua revelia; ele acaba falando de si, pois não logra escapar de seu assujeitamento à linguagem. O que parece caracterizar as narrativas é a emergência de um jogo entre o empírico e o idealizado, que se organiza da seguinte maneira: lado a lado com a representação de uma família desestruturada (figuras parentais ausentes, rearranjos familiares, pais negligentes), aparece a representação de uma família unida e feliz. A conclusão é que, através da ficção, eles organizaram sua simbolização particular sobre o que é uma família, guiados fundamentalmente pelo desejo.Downloads
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Publicado
2003-01-01
Edição
Seção
Artigos Originais
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Como Citar
A família narrada por crianças e adolescentes de rua: a ficção como suporte do desejo. (2003). Psicologia USP, 14(1), 65-84. https://doi.org/10.1590/S0103-65642003000100005