O analista é o historiador
verdade, interpretação e perplexidade
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-656420180012Palavras-chave:
transferência, história, verdade, psicanáliseResumo
O artigo discute o estatuto dado à história pela psicanálise bem como suas possíveis consequências no interior da teoria e da prática analíticas. Recorre-se, em um primeiro momento, a dois textos freudianos que aportam noções paradigmáticas sobre a história: Moisés e a religião monoteísta e Construções em análise, a fim de sublinhar diferentes noções freudianas de história. Apresenta-se de que maneira a noção de história em psicanálise permite a reformulação de conceitos como os de verdade e materialidade. Passa-se, então, à análise do lugar dado à História por Lacan, com vistas a demonstrar sua centralidade, propondo uma distinção tripartite entre diferentes regimes de historicidade – real, simbólica e imaginária. Apresenta-se, por fim, desdobramentos clínicos de uma aproximação feita por Lacan entre o analista e o historiador.
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