Evitação e proibição do incesto: fatores psicobiológicos e culturais
DOI:
https://doi.org/10.1590/0103-656420160050Palavras-chave:
incesto, evitação, proibição, evoluçãoResumo
Embora historicamente a regulação proibitiva do incesto seja considerada um fenômeno cultural quase universal que não é influenciado por fatores psicobiológicos relativos à história evolutiva da espécie humana, evidências recentes têm questionado essa visão tradicional e defendido que a evitação e a proibição do incesto são influenciadas biológica e cognitivamente com a cultura. Este artigo objetiva desenvolver uma discussão teórica acerca da inibição e proibição do incesto, enfatizando os mecanismos evolutivos subjacentes a esses fenômenos. Argumenta-se a existência de mecanismos endógenos que evoluíram porque inibem a atividade sexual entre parentes próximos e que formam a base para regular socialmente a proibição do incesto (mecanismo exógeno). Destaca-se o efeito Westermarck, no qual a proximidade de pessoas que vivem juntas desde a infância provoca uma aversão ao intercurso sexual entre elas. A ausência de propensão ao incesto e sua proibição institucional constituem uma complexa integração entre fatores psicobiológicos e culturais.Downloads
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Publicado
2017-08-01
Edição
Seção
Artigos Originais
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Como Citar
Evitação e proibição do incesto: fatores psicobiológicos e culturais. (2017). Psicologia USP, 28(2), 287-297. https://doi.org/10.1590/0103-656420160050