Jovens pichadores: perfil psicossocial, identidade e motivação

Autores

  • Alex de Toledo Ceará Universidade de Estadual de Campinas
  • Paulo Dalgalarrondo Universidade de Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-65642008000300002

Palavras-chave:

Adolescentes, Identidade, Grafite (arte)

Resumo

Este estudo investigou o perfil psicossocial dos adolescentes envolvidos com a prática da pichação urbana. Trata-se de uma subcultura vinculada ao movimento hip hop, presente nas médias e grandes cidades brasileiras. Teve como objetivo descrever os processos identitários e motivacionais desses adolescentes. Dessa forma, 32 sujeitos responderam a um inventário que abordou aspectos psicológicos e socioculturais da pichação. Os jovens pichadores eram todos do gênero masculino, de idade média 17,2 ± 2,6 anos e moradores da periferia de grandes cidades. As entrevistas revelaram que a pichação relaciona-se a marcantes processos identitários para seus autores, assim como indicaram a forma com que se relacionam com seus pares e líderes e como se relacionam com a sociedade geral e a lei. Conclusão: os jovens envolvidos com a pichação lançam mão dessa prática como forma de demarcar suas identidades e confrontar a sociedade. A pichação foi analisada segundo os conceitos de Erik Erikson referentes à crise de identidade na adolescência. Observou-se a implicação das ideologias de marketing da sociedade geral e dominante, articuladas com o processo da pichação.

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Publicado

2008-09-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Jovens pichadores: perfil psicossocial, identidade e motivação. (2008). Psicologia USP, 19(3), 277-293. https://doi.org/10.1590/S0103-65642008000300002