O que fabrica o historiador quando faz história, hoje?
Ensaio sobre a crença na história (Brasil séculos XIX-XXI)
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2018.148933Palavras-chave:
Teoria da História, História da Historiografia, Escrita da História, Historia Magistra Vitae, crençaResumo
O problema geral deste ensaio é o de continuar perseguindo as apropriações historiográficas do tempo pelos antigos e modernos, tema que já venho tratando em pesquisas anteriores. Mais especificamente, pretendo realizar uma genealogia conceitual do topos popularizado por Cícero de que a história é mestra da vida: historia magistra vitae. A longa duração é necessária como condição à análise das diferentes recepções, percepções e retratações que a formulação adquiriu até chegar ao nosso presente. Nessa longa travessia procurarei mapear situações em que a historia magistra vitae converte-se nas figuras gêmeas da autoridade e da tradição e, finalmente, em crença. Essas duas figurações quando aliadas a indeterminações historiográficas do tempo e suas formas discursivas têm a capacidade de produzir explicações para o movimento histórico do passado e do presente, uma movimentação normalmente silenciosa, cujos efeitos geram maneiras distintas de entendimento da experiência do tempo vivido.
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