Nas tramas da poção mágica: psicofármacos e criatividade em um hospital psiquiátrico do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2020.171315Palavras-chave:
Psicofarmacologia, Biopolítica, Saúde Mental, Psiquiatria, MedicamentosResumo
Este trabalho se propõe a mapear algumas contendas em torno do uso e da eficácia de medicamentos – psicofármacos, em particular – como forma de tratamento psiquiátrico, operando a partir de 3 eixos: 1. genealogia da ascensão da indústria farmacêutica e da psicofarmacologia a partir de meados do século XX; 2. etnografia no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira, no Rio de Janeiro; 3. discussão a propósito dos desdobramentos da biopolítica no segundo pós-guerra, envolvendo ciência, biomedicina, sociedade e poder. Sustenta-se que a noção de agenciamento pode oferecer uma melhor compreensão sobre as controvérsias que emergem dessa trama, deslocando o entendimento do medicamento enquanto objeto pré-determinado para as relações que o atravessam e o constituem.
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