O comércio das lojas e os lojistas na Vila de Cachoeira e seu termo (1750-1808)

Autores

  • Gabriel Silva de jesus Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.vi19p209614%20

Palavras-chave:

Lojas, Lojistas, Comércio colonial, Recôncavo baiano

Resumo

O presente artigo busca analisar os lojistas nas lojas de secos presentes na Vila de Cachoeira e seu termo, território do Recôncavo baiano, entre os anos de 1750-1808. Procuramos entender como eles atuaram no comércio colonial. A documentação utilizada são os testamentos e os inventários post mortem localizados no Arquivo Publico do Estado da Bahia (APEB). Dessa forma, a proposta é demonstrar como os colonos da Vila de Cachoeira e seu termo não viveu somente da tradicional produção fumageira, pois ao revelar às trajetórias desses comerciantes apresentamos o complexo comercial inserido no espaço, cuja dinâmica e movimentação econômica interna possibilitou uma riqueza considerável naquela sociedade.

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Biografia do Autor

  • Gabriel Silva de jesus, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

    Possui graduação em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2013) e mestrado em História pela Universidade Federal da Bahia (2019). Atualmente é estudante de doutorado do programa de pós-graduação de História da Universidade Federal de Ouro Preto (PPGHIS-UFOP). Pesquisador vinculado à linha de pesquisa Poder, Espaço e Sociedade do PPGHIS da UFOP, ao núcleo de pesquisa Impérios e Lugares no Brasil - UFOP

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Publicado

2023-12-20

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Como Citar

O comércio das lojas e os lojistas na Vila de Cachoeira e seu termo (1750-1808). (2023). Revista Angelus Novus, 14(19), 209614 . https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.vi19p209614