O Festival de Khoiak

a celebração dos ciclos de Renascimento

Autores

  • Simone Maria Bielesch Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional

DOI:

https://doi.org/10.11606/ran.v0i2.88840

Palavras-chave:

Figuras de grãos, Festival de Khoiak, Osíris, Sokar, Solarização

Resumo

Para celebrar a chegada das cheias do Nilo os egípcios realizavam um festival no 4º mês de Akhet ou Khoiak em homenagem ao deus Sokar-Osíris. Este tem como sua origem o Festival de Sokar realizado em Mênfis desde o Período Arcaico. Os principais atos deste festival eram a capinação da terra e a procissão ao redor dos muros do templo na qual o faraó puxava a barca Henu do deus Sokar. E igualmente na origem do Festival de Khoiak está o Festival de Osíris celebrado em Abidos desde ao menos o Médio Império. Neste era celebrado o renascimento de Osíris após o seu sepultamento e a derrota de seus inimigos por seu filho. A proximidade de Sokar e Osíris como deuses funerários e o aumento da popularidade de ambos os festivais permitiu a união destes últimos até a sua fusão total no Período Ptolomaico. O número de dias do festival também aumenta e novos elementos são incorporados a ele ao longo do tempo. O renascimento de Osíris e da vegetação trazida com as cheias do Nilo era celebrado com a confecção de uma figura reproduzindo o deus de uma mistura de areia e grãos. Figuras semelhantes as do festival foram encontradas no contexto funerário, de acordo com os indícios essas figurar são uma adaptação para o morto daquelas figuras executadas durante o Festival de Khoiak, possibilitando a ele renascer no Mundo dos Mortos assim como Osíris.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Simone Maria Bielesch, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional
    Mestre em Arqueologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisadora em Arqueologia Egípcia, bolsista da CAPES.

Downloads

Publicado

2011-07-24

Como Citar

O Festival de Khoiak: a celebração dos ciclos de Renascimento. (2011). Revista Angelus Novus, 2, 5-33. https://doi.org/10.11606/ran.v0i2.88840