El Museo Nacional: asociaciones en movimiento y desestabilización posincendio

Autores/as

  • Camila Monteiro Corvisier Universidade de São Paulo. Facultad de Filosofía, Letras e Ciencias Humanas (USP-FFLCH)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.v13i18p200573

Palabras clave:

Museo Nacional del Rio de Janeiro, Incendio, Exposición, Antropología, Historia Natural

Resumen

Este artículo se centra en el Museo Nacional de Río de Janeiro, profundamente afectado por un incendio en septiembre de 2018. Primero, exploro el Sector de Etnología y Etnografía de la institución, observando cómo el conjunto de objetos patrimoniales en el Museo Nacional apuntaba a una red de relaciones entre antropólogos, curadores y pueblos indígenas. De esta forma, me centro en las agencias y ensamblajes que allí intervinieron, tratando de comprender cómo se producía la relación entre estas cosas y personas, ya que el SEE, al igual que otros sectores del Museo, albergaba objetos que no estaban hechos para ser exhibidos, pero que, de cara a los actos de coleccionismo, se destinaban allí. Así, discuto la protección de los objetos que se pierden durante el incendio, cuando los objetos se encuentran en las cenizas y todo un proceso de colección y exhibición de 200 años sale a la superficie para ser repensado. En ese sentido, trabajo luego con el Museo Nacional posincendio, en el que busco indagar en la reorganización expográfica y política del museo, a través de la observación de las diferentes problemáticas que el fuego puede movilizar, según la perspectiva, y cómo trastorna ciertos supuestos museos, que sale a la luz con la reconstitución de una colección tan amplia y diversa como ésta.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Camila Monteiro Corvisier, Universidade de São Paulo. Facultad de Filosofía, Letras e Ciencias Humanas (USP-FFLCH)

    Estudiante de Ciencias Sociales de la Facultad de Filosofía, Letras e Ciencias Humanas de la Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). São Paulo, SP Brasil. Beca FAPESP

Referencias

ª BIENAL DE SÃO PAULO. Catálogo Faz escuro mas eu canto. OSE, E. (org.); Curadoria: Jacopo Crivelli Visconti, Paulo Miyada, Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi, Ruth Estévez. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2021.

AMES, M. Cannibal Tours and Glass Boxes: The Anthropology of Museums. Vancouver: The University of British Columbia Press, 1992.

ANDERMANN, J. "Espetáculos da diferença: a Exposição Antropológica Brasileira de 1882". Topoi. Rio de Janeiro, v.5, n.9, 2004.

ARANHA FILHO, J. M. Guia da impermanência das exposições: uma investigação sobre transformações do Museu Nacional do Rio nos anos 1940. 2011. Tese (Doutorado) Programa de Pós Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, 2011.

BAXANDALL, M. “Exhibiting Intention: Some Preconditions of the Visual Display of Culturally Purposeful Objects”. KARP, I.; LAVINE, S. (Org.) Exhibiting Cultures: The Poetics and Politics of Museum Display. Washington: The Smithsonian Press, 1991. p. 33-41.

BLOND, K. “Imagining the future of natural history museums exhibitions”. DORFMAN, Eric (Org). The Future of Natural History Museums. Nova York: Routledge, 2018.

BRULON, B. "Descolonizar o pensamento museológico: reintegrando a matéria para re-pensar os museus." Anais do Museu Paulista, Nova Série, v.28, 2020.

CABOCO, Gustavo. Ilustração p. 120-121. FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO. Primeiros Ensaios: publicação educativa da 34ª Bienal de São Paulo. Curadoria Jacopo Crivelli Visconti. São Paulo: Bienal de São Paulo, p. 120-121. 2020. Disponível em: «https://issuu.com/bienal/docs/publica__o_educativa» Acesso em 11 ago. 2022.

CALCAGNO, V. “Três dias após incêndio, professor de Antropologia do Museu Nacional remarca aulas”. O Globo, Rio de Janeiro, 5 set. 2018. Disponível em: «https://oglobo.globo.com/brasil/tres-dias-apos-incendio-professor-de-antropologia-do-museu-nacional-remarca-aulas-23041050». Acesso em: 11 ago. 2022.

CERÍACO, L. M. P. Zoologia e Museus de História Natural em Portugal (Séculos XVIII-XX). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo (Edusp), 2021.

CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade: UNESP, 2006.

CLIFFORD, J. "Objects and Selves - An Afterword". STOCKING JR., G. (Org.). Objects and Others: Essays on Museums and Material Culture. Madison: The University of Wisconsin Press, 1985. p. 236-246.

CLIFFORD, J. “Histories of the Tribal and the Modern”. CLIFFORD, J. The Predicament of Culture. Cambridge: Harvard University Press, 1988. p. 189-214.

COELHO, A. P. “Eduardo Viveiros de Castro: ‘Gostaria que o Museu Nacional permanecesse como ruína, memória das coisas mortas’”. Público, Rio de Janeiro, 4 set. 2018. Disponível em: «https://www.publico.pt/2018/09/04/culturaipsilon/entrevista/eduardo-viveiros-de-castro-gostaria-que-o-museu-nacional-permanecesse-como-ruina-memoria-das-coisas-mortas-1843021». Acesso em: 11 ago. 2022.

CORVISIER, C. "Caminhos das Pedras: outras possibilidades para Bendegó." Revista Discente Planície Científica. v.3, n.2, 2021.

CURY, M. Exposição: concepção, montagem e avaliação. São Paulo: Annablume, 2006.

DANTAS, R. A Casa do Imperador - Do Paço de São Cristóvão ao Museu Nacional. 2007. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós Graduação em Memória Social - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, 2007.

DE LACERDA, J. B. Fastos do Museu Nacional do Rio de Janeiro: recordações históricas e scientificas fundadas em documentos authenticos e informações verídicas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1905. Disponível em: «http://bdor.sibi.ufrj.br/handle/doc/25». Acesso em: 11 ago. 2022.

DELEUZE, G; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2 – Volume 1. São Paulo: Editora 34, 2011.

DORFMAN, E. “Natural history museums as enterprises of the future”. DORFMAN, E. (Org). The Future of Natural History Museums. Nova York: Routledge, 2018.

DORFMAN, E. (Org). The Future of Natural History Museums. Nova York: Routledge, 2018.

DUARTE, L. F. D. "O Museu Nacional: ciência e educação numa história institucional brasileira." Horizontes Antropológicos, ano 25, n.53, 2019a.

DUARTE, L. F. D. "Museu Nacional: elogio, lamento, augúrio." Anuário Antropológico. v.44, n.1, 2019b.

DUARTE, L. F. D.; ARANHA FILHO, J. “Um museu de história natural na encruzilhada: A fundamentação conceitual para uma nova exposição no Museu Nacional”. BITTENCOURT, J.; BENCHETRIT, S.; TOSTES, V. (Org.) História representada: o dilema dos Museus. Rio de Janeiro: Livros do Museu Histórico Nacional, 2003.

FABIAN, J. “The ‘Ethnic Artefact’ and the ‘Ethnographic Object’”. L’Homme. v.2, n.170, 2004.

FABIAN, J. "Colecionando Pensamentos: sobre os atos de colecionar." Mana. Rio de Janeiro, v.16, n.1, 2010.

FAPERJ. Os novos caminhos do Museu Nacional. YouTube, 25 abr. 2022. Disponível em: «https://www.youtube.com/watch?v=3MAO8tMEQYo». Acesso em: 11 ago. 2022.

FARIA, L. C. "As exposições de antropologia e arqueologia do Museu Nacional". Publicações Avulsas do Museu Nacional, n.4. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1949.

FARIA, L. C. "Museu Nacional - O espetáculo e a excelência." Antropologia: Espetáculo e Excelência. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Tempo Brasileiro, 1993.

FOUCAULT, M. O Corpo Utópico, As Heterotopias. São Paulo: n-1 edições, 2013.

FRANÇA, B. Mil Peças: Coleções Ticuna do Museu Nacional. Rio de Janeiro: SEE/Museu Nacional/UFRJ, 2020.

GELL, A. Arte e Agência. São Paulo: Ubu Editora, 2018.

JACKNIS, I. “Franz Boas and Exhibits: On the Limitations of the Museum Method of Anthropology”. STOCKING JR., G. (Org.), Objects and Others: Essays on Museums and Material Culture. Madison: The University of Wisconsin Press, 1985. p. 75-111.

KELLNER, A. "A reconstrução do Museu Nacional: bom para o Rio, bom para o Brasil!". Ciência e Cultura, v.71, n.3, 2019.

KELLNER, A. “Por dentro do Museu Nacional”. Google Arts and Culture. Disponível em: «https://artsandculture.google.com/project/museu-nacional-brasil?hl=pt». Acesso em: 11 ago. 2022.

KEULLER, A. Os estudos físicos de Antropologia no Museu Nacional do Rio de Janeiro: cientistas, objetos, ideias e instrumentos (1876-1939). 2008. Tese (Doutorado). Programa de Pós Graduação em História Social, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2008.

LATOUR, B. Reassembling the Social: An Introduction to the Actor-Network Theory. Nova York: Oxford University Press, 2005.

LEIRIS, M. L’Afrique Fantôme. Paris: Gallimard, 2014.

LIMA FILHO, M. “Coleção William Lipkind do Museu Nacional: Trilhas Antropológicas Brasil-Estados Unidos”. Mana, v.23, n.3, 2017.

LOPES, M.M. O Brasil descobre a pesquisa científica: os museus e as ciências naturais no século XIX. São Paulo: Editora Hucitec/Editora UNB, 2009.

MENDES, Hezelainy. Patrimônio Destruído: o caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro - Brasil. 2020. Dissertação (Mestrado). Mestrado em Patrimônio, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2020.

MIGLIEVICH-RIBEIRO, A. “Revisitando o Museu Nacional e a história da Antropologia no Brasil pelas mãos de Heloísa Alberto Torres”. Política e Sociedade, v.18, n.41, 2019.

MORELLET, P. M. A. "Description des mollusques terrestres et fluviatiles de Portugal", 1845.

MUSEU NACIONAL. Recompõe Museu Nacional. Disponível em: «https://recompoe.mn.ufrj.br/circuitos/». Acesso em: 11 ago. 2022.

MUSEU NACIONAL UFRJ. Acervos e exposições: perspectivas para um novo museu – 202 Anos. YouTube, 6 jun. 2020. Disponível em: «https://www.youtube.com/watch?v=zJQfHt28myg». Acesso em: 11 ago. 2022.

NORRIS, C. “The future of natural history collections”. DORFMAN, E. (org). The Future of Natural History Museums. Nova York: Routledge, 2017.

PACHECO DE OLIVEIRA, J. “O retrato de um menino Bororo: narrativas sobre o destino dos índios e o horizonte político dos museus, séculos XIX e XXI”. Tempo, v.12, n.23, 2007.

PACHECO DE OLIVEIRA, J. ”Prefácio”. FRANÇA, B. Mil Peças: Coleções Ticuna do Museu Nacional. Rio de Janeiro: SEE/Museu Nacional/UFRJ, 2020a.

PACHECO DE OLIVEIRA, J. “Prefácio: Perda e Superação”. SANTOS, R. C. M. No Coração do Brasil: A Expedição de Edgar Roquette-Pinto à Serra do Norte (1912). Rio de Janeiro: SEE/Museu Nacional/UFRJ, 2020b.

PACHECO DE OLIVEIRA, J. “Os Primeiros Brasileiros”. Museu Nacional, 13 abr. 2021. «https://osprimeirosbrasileiros.mn.ufrj.br/pt/». Acesso em: 11 ago. 2022.

PENNOCK, H. “Natural history museum security”. DORFMAN, E. (Org). The Future of Natural History Museums. Nova York: Routledge, 2017.

PINHEIRO, T.M. DEUS, C..; PINTO, D. S. “O incêndio do Museu Nacional na narrativa das 'mulheres do resgate': desdobramentos e perspectivas”. Revista Internacional Disciplinar INTERthesis., v.18, 2021.

PIRES, D. (Org). 200 anos no Museu Nacional UFRJ. Rio de Janeiro: Associação Amigos do Museu Nacional, 2017.

RODRIGUES-CARVALHO, C. (Org.) 500 dias de Resgate. Memória, coragem e imagem. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2021. Disponível em: «https://museunacional.ufrj.br/destaques/docs/publicacoes-resgate/livreto_500_dias_de_resgate.pdf». Acesso em: 11 ago. 2022.

SANTOS, R. C. M. “Um antropólogo no museu: Edgar Roquette-Pinto e o exercício da antropologia no Brasil nas primeiras décadas do século XX”. Horizontes antropológicos, ano 25, n.53, 2019.

SCHWARCZ, L. O Espetáculo das Raças: Cientistas, Instituições e Questão Racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

SCHWARCZ, L.; DANTAS, R. "O Museu do Imperador: quando colecionar é representar a nação." Revista do IEB. n.46, 2008.

SILVEIRA, D. “Incêndio que destruiu o Museu Nacional começou no ar-condicionado do auditório, diz laudo da PF”. G1 Rio, Rio de Janeiro, 4 mai. 2019. Disponível em: «https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/04/04/policia-federal-divulga-laudo-de-incendio-que-destruiu-o-museu-nacional-no-rio.ghtml». Acesso em: 11 ago. 2022.

VIEIRA, M. "O fogo e o patrimônio: aproximações e distanciamentos entre os incêndios do Museu Nacional e a Catedral Notre-Dame de Paris". 32ª Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), 2020.

VILAÇA, A. "Um museu em chamas visto por uma de suas antropólogas”. Nexo Jornal. Rio de Janeiro, 4 set. 2018. Disponível em: «https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2018/Um-museu-em-chamas-visto-poruma-de-suas-antrop%C3%B3logas» Acesso em: 11 ago. 2022.

VINCENT, N. Paris, Maori: o museu e seus outros: curadoria nativa no quai Branly. Rio de Janeiro: Garamond, 2015.

ZUCOLOTTO, M. E. “Bendegó: um sobrevivente espacial”. FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO. Primeiros Ensaios: publicação educativa da 34ª Bienal de São Paulo. Curadoria Jacopo Crivelli Visconti. São Paulo: Bienal de São Paulo, 2020. Disponível em: «https://issuu.com/bienal/docs/publica__o_educativa» Acesso em 11 ago. 2022.

Publicado

2023-11-06

Número

Sección

Dossier: Debatir el Patrimonio: Conservación, Destrucción y Restauración

Cómo citar

El Museo Nacional: asociaciones en movimiento y desestabilización posincendio. (2023). Revista Angelus Novus, 13(18), 200573. https://doi.org/10.11606/issn.2179-5487.v13i18p200573